Fiz este poema em homenagem ao Oscar Niemeyer, e espero que chegue a ele na comemoração de seus 103 anos. Abraços, Mano Melo NIEMEYER NÃO É DEZ, É CEM A Arquitetura era apenas razão, frieza matemática originando formas, um monte de ferragens criando ferrugem, montadas em pedra dura. Oscar Niemeyer desarmou o cimento armado. Ao concreto frio, ele deu brandura, emoção, curvas. Quando Brasília virou uma ilha cercada de coturnos e tiranos soturnos, quiseram fazer dele a bola da vez, mas sua importância na história da cultura seria maior que a ditadura reles e obscura. Niemeyer é o Pelé da prancheta. Fez da prancheta a sua bola de couro, espalhou sua arte por todo o planeta, New York, Oxford, Paris, Argel, Niterói, Portugal, Israel, Havana, Beagá, Bagdá, Teerã, et cetera, e o diabo a quatro. Ganhou honrarias e medalhas de ouro. Não fosse o humanista, além do grande artista que é, encheria as burras de dinheiro, como um desses