Em nome do Estado, em franco processo democrático, o jovem Presidente da Comissão de Anistia – Paulo Abrão – com o respaldo de seus Conselheiros,que resistem as pressões de segmentos da sociedades não comprometidos com o desenvolvimento histórico do Brasil, levanta-se, manifesta sua indignação e vergonha diante dos depoimentos cheios de emoção, da dor dos perseguidos, torturados, desparecidos, assassinados, sobreviventes, pede humildemente desculpas pelos abusos praticados pelos regimes de exceção no Brasil. A cada sessão de julgamento o ritual se repete, num misto de perplexidade, violência, espanto e agonia aqueles que voluntariamente lêem processos, analisam fatos, mergulham nas almas, nas angustias, nos sofrimentos de milhares de brasileiros, que um dia ousaram vencer as barreiras do silencio, do medo, da opressão para defender o solo pátrio contra interesses espúrios. É no instante, que antecede a palavra de Paulo Abrão, que passa como um filme fora de rotação, super acelerado