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Mostrando postagens de setembro, 2020

ENTRE CAPIM LIMÃO E BRACHIARIAS

  Entre Capim Limão e Brachiárias   Cheguei uma hora antes. Coisas de engenharia de trânsito. Sair na hora viável atrasa, se antes corre o risco de adiantar tanto como uma hora de antecedência, por exemplo. Assim foi. Evaldo sai da sala e depara comigo adiantadissssssssima. Um abraço feliz, perguntas sobre a família, esposa. O corriqueiro agradável. - Aqui de volta. Faz um ano de toda aquela loucura. Hora de novos exames - brinquei - Certo – argumentou tranquilo. O calor está insuportável. Não chove, a plantação padece. O capim fica todo calcinado, o gado sofre.  - No interior também a seca está castigando dessa maneira? - E, como? Sorte minha ter um caseiro boa gente, preocupado cuidadoso, que aprendeu a importância da terra, da preservação da água, do cuidado com o solo. Da necessidade de alternar o capim para fertilizar a terra. Errei algumas vezes, mas apostei na solidariedade. Mulher e sete filhos.  Tomei como meta três situações: pre

QUE VAS HACER ESTA NOCHE?

Havana se você bobear dorme todos os dias na madrugada, acorda cedo, trabalha todo o dia, vai a universidade fazer o mestrado, lê de pé nas guagas, chega. Num piscar de olhos encontra a agenda. Caramba, reunião na casa do Conselheiro Comercial da Embaixada do México compartir uma noite sui generis. Curtir as fotos e slides da antártica. Descanso merecido e original. De relance senti um olhar insistente. Outro e mais outro. Ciceroneava Roberto recém na ilha desde Paris. Um passeio, àquele jantar, idas à praia um namoro de férias julina, tudo por uma crise amorosa com o trovador. Será? - Preste atenção na tela. Roberto inquieto virava de posição inquieto. Conhece o rapaz à sua esquerda? - Nunca vi. - Deselegante. Não tira os olhos daqui. - Estará interessado na beleza, na aparência. Com toda está elegância que lhe é peculiar chama atenção. Quem sabe? - Aucune arnaque. -Je ne suis pas De regresso, um carro emparelhava, arriscando trocar palavras em pleno trânsito - Telefone - um gesto mun

AMORES IMPERECIVÉIS

  SAUDADE NÃO TEM TRADUÇÃO MESMO   Atirava -me de supetão, aconchegava    entre seus braços disputando com a irmã mais  nova  todos  os carinhos. Caia aos prantos, quando o via engravatado de saída para o trabalho. Pegava qualquer coisa a minha pela frente, corria   das mãos  na  tentativa de contar com o   tempo conivente dos meus anseios ,permitisse descobrir o misterioso escritório. Não sabia onde, nem como. Somente, que a noite muitas vezes batia à porta, antes que seus passos fossem ouvidos cruzando o corredor. Não raro um chiado tomava conta do meu peito perdendo horas e dias de diversão. Se não eram de chuva ou nublados, as compressas quentes eram substituídas por brincadeiras como aquelas cócegas de matar qualquer um de tantos risos. Eram os instantes em que o mundo borrifava ternura caminhando de mãos dadas com a felicidade.  Eu era feliz.  Erámos felizes.   Velozes como raios as estações dançavam em redor do sol derramando um colorido de miosótis, ge