Dia 29 de maio de 2010, na Assembléia legislativa do Estado do Rio de Janeiro – Alerj o Estado Brasileiro vai pedir perdão aos meus filhos. Aquelas criancinhas, que num marco de 1969 com 1 e 2 anos entraram junto com seus pais na clandestinidade. Sem amigos, sem idas ao parque pelas manhãs, sem festas de aniversario, quase que em silencio para não serem ouvidos percorreram o Brasil ora dormindo em casas de amigos, ora em barracos nas favelas, ora em porões infestados de morcegos, muitas vezes, no banco traseiro de um fusca na beira das estradas que cruzam a terra Brasil, até o seqüestro de um avião – durante 3 dias de perigo intenso – conseguimos tira-los das mãos dos esbirros da ditadura . Dez anos de exílio. Sem sobrenome, sem nacionalidade. O Brasil mudou. Muitos deram a vida, tantos outros contribuíram para que hoje possam compreender a irreparável perda das referencias que fazem toda a diferença na educação e na formação de um ser humano. Seus primeiros anos de