09 Maio
de 2020
O ano terminou feio. Não fossem as
comemorações a Iemanjá inesquecíveis, o sono nos pegaria ao anoitecer do dia
31/2019. Faltaram alguns amigos que por ñ motivos estão fora do país. Perseguição
politica, ameaças de morte, desempregos levaram milhares de brasileiros a um
exilio forçado. O cosmos anda arisco, Queimadas
criminosas na Amazônia nos deixou sem chão. Aldeias indígenas chantageadas,
quilombolas desalojados. Estimulo a desobediência civil, desastre politico, ambiental,
psicológico, emocional, desconstrução da Cultura, Educação e saúde. Dois vírus Um
fatal desconhecido, levando vidas de todas as idades, cores, credos, outro
irresponsável insano, fascista, descumprindo a Constituição, humilhando as Instituições
Democráticas, desestabilizando o Estado, esfacelando os governos.
Quantos hoje, estão morrendo
fruto dessa covardia e perversidade. Do caos em que estamos atolados, dos 11
milhões de brasileiros invisíveis, dos 100.000 milhões de cidadãos se saneamento
básico, empregos, salários humilhantes, aposentados sem garantia de futuro.
A cada relatório do Covid19 vamos
descortinando o Brasil. Penetrando em suas
entranhas, envergonhados pela nossa negligência, sofrendo por termos sido tão
omissos e irresponsáveis.
Contudo amanhã se comemora aquela
que é o portal de nossa estada no planeta. Aquela cantada em verso e prosa. Por
ela, damos um minuto de pausa na luta que hoje travamos em todas as frentes, para
abraça-la virtualmente, nas lembranças, no toque possível. Por ela, devemos nos
comprometer a combater o fascismo, a organizar, no meio de tanta dor, a
sociedade civil, varrer a discriminação racial, a intolerância religiosa, a
homofobia e dar dignidade ao povo ao qual tivemos coragem de dar até nossa própria
vida.
... “Si me
dijeran pide un deseo,
Preferiría un rabo de nube,
Que se llevara lo feo
Y nos dejara el querube.
Un barredor de tristezas,
Un aguacero en venganza
Que cuando escampe parezca
Nuestra esperanza” Silvio Rodriguez