São dias de agosto. Nem frio, tampouco caloroso.
Meio termo. Só que a vida vivida não tem meio termo . É pau ou pedra. Mas nunca
fim do caminho.
Meus amores andam por terras distantes. Um no
coração do continente latino americano. Feliz ajudando a Teresa – guerreira em
todos os frentes mudando um pedacinho do País - O outro, começando uma nova
vida na busca de um futuro diferenciado para seus dois filhos. Cada qual na sua, mas diariamente juntos via
todas as mídias e comunicação. Somos uma tremenda família. Choro e riso se
misturam numa amalgama fundida a trabalho, carinho, algumas discussões e
amor para dar e vender. Eu entre o mar,
a lagoa, e as majestosas montanhas adornada pelo Corcovado amenizam minha saudade.
Trabalho, luta, muita luta, muito trabalho,
muito amor, fecundas amizades, preocupações, definições de vida em todos os sentidos.
Sempre ando a mil . Novidades no cotidiano, tramas, confidencias á volta.
-
Preste atenção diz o
amigão: o FBI está investigando a Lava-jato. Isso vai longe.
-
Faz tempo, querido desde antes do Golpe de 1964. FBI, CIA , Máfias, igrejas, sempre infiltrados
querendo mostrar mais trabalho que os outros. Neste emaranhado a PF vai na
corrente.
Pior são
as prisões sem provas. O Vale tudo do Judiciário. A pressão ao Governo Central.
O resto é palhaçada de malandro oficial. Querem e tentam esconder anos de roubo, pilantragem, falta de
ética, e por ai vai. Os meninos das faculdades de direito vão ter
que aprender tudo novo.
-
Tenho uma reunião agora, ciao
ciao.
-
Pego um taxi no caos das ruas
do Eduardo Paes – que espero como num conto de fadas ao tirar os tapumes surgir
um Rio de Janeiro indo como sempre cantado e decantado.
-
Pra Barra por favor.
-
Barra!
-
Sim. Acho que o chofer teve
um calafrio ir a Barra neste inicio da década do século XXi é suicídio.
-
Cansado?
-
Não comecei faz pouco. Ando
sim aperreado da molecagem destes políticos que metem o pau na Presidente.
Pensam que o povo é abestado. Gozam com a nossa
dor. Se tivéssemos uma televisão
eles iam ver com quantos palitos comem os japoneses. Ditado novo no mercado
madame.
-
Estou de acordo. As redes sociais são um excelente veiculo, mas não está
pendurada nas bancas para o transeunte que passa possa ver as manchetes do dia.
Todas capciosas. Engana trochas. Sem falar na Tv na hora do jantar. Prato
cheio para fazer a cabeça.
-
Pois é. Ando muito emocionado.
Por este dias voltei do nordeste. Nasci lá, sabe? No meio da caatinga ferrado. Meus pais arrugados pelo sol batalhavam uma comidinha para colocar numa
única e velha panela. Vim tentar a sorte no sul. Trabalho muito, mas meus
filhos tem arroz, feijão aquela carninha gostosa, uma saladinha, e estudam. Uma
já esta fazendo provas para a faculdade.
Um orgulho.
-No
domingo, churrasco, cerveja, pinga
música, os amigos chegando pra compartir.
Desta vez, madame o churrasco foi diferente. Tava cheio
de novidades. Minha mãe com televisão na parede, água num
reservatório, comida nas panelas. E, comida, heimm. Comida da boa. Antes era
farinha e feijão, não dava para mostrar seu tempero pro meu pai, nem ele podia
reclamar. Embora reclamasse dia trás dias. Foi chegando, foi chegando e chegou
nossa vez de viver também.
-
Agora, vivemos felizes. Vou
defender o Lula e a Dilma de todas as
formas e maneiras. Não quero que minha mãe respire e acorde com o nariz
entupido, cheirando querosene de candeeiro outra vez.
-
Ali, ali. Estava muda,
tocada, um tanto depre e alegre a la vez. De uma coisa tinha certeza, o meu
povo não vai entregar mole outra
vez. Desci. Ganhei mais energia num só pensamento - Ousar lutar, ousar vencer - sempre.
* Os taxistas formadores de opinião andam
questionando os poderes; legislativo, executivo e judiciário, e o quarto poder –
a mídia escrita falada, e televisada. O paradigma mudou senhores de coisa nenhuma.