São Olgas, Marias de todas as cores, Carmens, infinidade
de Rosas, Célias, Saras e Dianas,
Barbaras, Anas, Yamilas, em todos os
idiomas e definições. Irmãs, amigas, companheiras, sonhadoras, práticas,
frágeis, fortes, alegres, tristes, amorosas, desiludidas, amadas, amantes,
políticas, com alma poetas, atrizes, da rua, dos campos, da noite, dos eternos
amanheceres, dos por de sol antes e depois das tempestades, das pequenas
lembranças, das grandes caricias, do riso, do pranto, qualquer adjetivo sobrepõe estas mulheres que surgem
dos mais distantes recantos do mundo, guerreiras desprendidas das estrelas
cadentes e juntam dia a dia pedacinhos de sonhos indo ao longo dos séculos
construindo um mundo melhor.
Assim foi desde a Grécia antiga quando Isis a deusa da
magia e da fertilidade, convivia com os artesãos, poetas, escravos em grandes
festas.
Assim foi
num 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, decidiram por uma
grande greve, numa pequena cidade perto de Nova York, reivindicando
melhores condições de trabalho, salário, tratamento digno - queimadas vivas, num das ações mais violentas
das reivindicações femininas. Somente em 1910 na Dinamarca – conferencistas decidiram
dedicar-lhes o 8 de março como "Dia
Internacional da Mulher.
Foram as mãos de mulheres portais de entrada da vida no planeta, as
mesmas que embalam a vida, manipulam livros, transmitem conhecimento, sejam elas passistas, blogueiras, ativistas, poetas,
domésticas, parlamentares, a mulher de
hoje numa evolução de matizes segue a mesma
guerreira.
Este 08 de março de 2014, em especial homenageio a
mulher que deixou de lado seus sonhos de menina, para lutar contra a ditadura
que se instalou cruel, desmedida, assassinando milhares de companheiras em todo
o continente latino americano.
E, foram de novo Iaras,
Dodoras, Teresas, Marias, Zuzus, Mercedes, Beatrizes, conhecidas, anônimas,
célebres, incógnitas que saíram ás ruas e mudaram a cara da Ámérica.
Hoje, se repetem aos
milhares ocupando parlamentos, dirigindo grandes empresas, operárias, ministras,
Presidentes, nos chamam a lutar para seguir cambiando, cambiando até alcançar transformar
este planeta num mundo justo, ético, habitável.
A todas ao logo dos séculos
meu respeito, admiração, o compromisso
de seguir em frente como seja, na consolidação da solidariedade, do amor, do
respeito e no compromisso de jamais debelar-me antes de ver esta obra do mundo concluída.
Marilia Guimarães