Pular para o conteúdo principal

MANIFESTO DOS CINEASTAS BRASILEIROS EM APOIO À COMISSÃO DA VERDADE

05 de março de 2012

Nós, cineastas brasileiros, expressamos a nossa preocupação com as frequentes manifestações de militares confrontando as instituições democráticas e o próprio estado de direito. Todos os cidadãos brasileiros têm o direito de conhecer o que foram os 21 anos de ditadura militar instaurada com o golpe de 1964. É preciso que a Comissão da Verdade, instituída para esclarecer fatos obscuros daquele período, em que foram cometidas graves violências institucionais, perseguições, torturas e assassinatos, tenha plenas condições e apoio da sociedade brasileira para realizar essa tarefa histórica. Repudiamos os ataques desses setores minoritários das Forças Armadas brasileiras, que de forma alguma irão obstruir as investigações que devem ser iniciadas o quanto antes. Estaremos atentos para que tal comissão seja composta por pessoas comprometidas com a democracia e com a verdade.

1. João Batista de Andrade
2. Roberto Gervitz
3. Lucia Murat
4. Manfredo Caldas
5. Luiz Carlos Lacerda
6. Jaime Lerner
7. Hermano Penna
8. Helena Solberg
9. David Meyer
10. Luiz Alberto Cassol

09. David Meyer
10. Luiz Alberto Cassol
11. Renato Tapajós
12. Geraldo Moraes
13. Laís Bodansky
14. Luiz Bolognesi
15. Silvio Da Rin
16. Rosenberg Cariri
17. Toni Venturi
18. Joel Zito Araujo
19. André Kotzel
20. Paulo Morelli
21. Carlos Alberto Riccelli
22. Ana Maria Magalhães
23. Henri Gervaiseau
24. Zita Carvalhosa
25. Ícaro Martins
26. Rubens Rewald
27. Ruy Guerra
28. Daniela Capelato
29. Wolney Oliveira
30. Guilherme de Almeida Prado
31. Jorge Alfredo
32. Roberto Berliner
33. André Ristum
34. Carlos Gerbase
35. Omar Fernandes Aly
36. Renato Barbieri
37. Jeferson De
38. Alain Fresnot
39. Murilo Salles
40. Sergio Roizenblit
41. Gilson Vargas
42. Marcio Curi
43. Newton Canito
44. Isa Albuquerque
45. Rose La Creta
46. Rodolfo Nanni
47. Monique Gardenberg
48. José Joffily
49. Chico Guariba
50. Luiz Dantas
51. Tetê Moraes
52. Eliane Caffé
53. Walter Carvalho
54. Augusto Sevá
55. Eliana Fonseca
56. Daniel Santiago
57. Paulo Halm
58. Mariza Leão
59. Sergio Rezende
60. Jorge Durán
61. Miguel Faria
62. Jom Tob Azulay
63. Flavio Frederico
64. Tatiana Lohmann
65. Mauro Baptista Vedia
66. Claudio Kahns
67. Lauro Escorel
68. José Araripe Jr
69. Galuber Paiva Filho
70. Ricardo Pinto e Silva
71. Sergio Bloch
72. Ariane Porto
73. Cesar Charlone
74. Roberto Farias
75. Roberto Santos Filho
76. Oswaldo Caldeira
77. Ricardo Elias
78. Christian Saghaard
79. Pola Ribeiro
80. Tuna Espinheira
81. Lázaro Faria
82. Marina Person
83. David Kullock
84. Mara Mourão
85. Silvio Tendler
86. Sergio Machado
87. Cecília Amado
88. Edgard Navarro
89. Henrique Dantas
90. Cesar Cavalcanti
91. Dodô Brandão
92. Carolina Paiva
93. Guto Pasko
94. Carlos Dowling
95. Duarte Dias
96. Kleyton Amorim Marinho
97. Renato Ciasca
98. Rubens Xavier
99. Antonio Olavo
100. Luiz Carlos Barreto
101. Lucy Barreto
102. Paula Barreto
103. Bruno Barreto
104. Phillipe Barcinski
105. Cristina Leal
106. Tata Amaral
107. Eduardo Escorel
108. Alfredo Barros
109. Helena Ignez
110. Sergio Sanz
111. Marilia Guimaraes

Posts Mais Lidos

1996 - Direitos Humanos violados no Brasil e no Mundo

Ao longo das últimas décadas, o Brasil assinou uma série de convenções, tratados e declarações que visam a garantir os direitos humanos fundamentais em nosso país. Apesar disso, diariamente, pessoas sofrem por terem seus direitos violados. São humilhadas, maltratadas e, muitas vezes, assassinadas impunemente. Tais fatos repercutem mundialmente, despertando o interesse de diversas organizações não-governamentais, que se preocupam em garantir os direitos acima mencionados, como a Human Rights Watch, que, anualmente, publica uma reportagem sobre a situação dos direitos humanos em diversos países do mundo, e cujos relatos sobre o Brasil, nos anos de 1996 e 1997, serviram de base para o relato exposto a seguir. Relatório em 1996: O ano de 1996, no Brasil, foi marcado por massacres, violência rural e urbana, más condições penitenciárias e impunidade gritante. No dia 19 de abril, em Eldorado dos Carajás, Pará, a Polícia Militar, com ordem para evitar que cerca de duas mil famílias ocupassem

José Ibrahim- um herói do movimento operário

José Ibrahim- um herói do movimento operário 1968 marcou o século XX como o das revoltas - estudantis operárias, feministas, dos negros, ambientalistas, homossexuais. Todos os protestos sociais e mobilização política que agitaram o mundo como a dos estudantes na França, a Primavera de Praga, o massacre dos estudantes na México, a guerra no Vietnã se completam com as movimentos operários e estudantil no nosso pais. Vivíamos os anos de chumbo, o Brasil também precisava de sua primavera. Em Contagem, região industrial da grande Belo Horizonte, Minas Gerais, abriu caminho as grandes greves metalúrgicas coroada pela de 1968 em Osasco - região industrial de São Paulo onde brasileiros de fibra e consciência, miscigenam suas origens e raízes abalizadas pela particularidade brasileira, em plena luta contra a ditadura militar. Jose Ibrahim, 21 anos, eleito para a direção Sindical, jovem, líder por excelência, simplesmente parou todas as fábricas de Osasco, na época pólo central dos movimentos de

Inez Etienne - única sobrevivente da casa da morte em Petrópolis

Única sobrevivente da Casa da Morte, centro de tortura do regime militar em Petrópolis. Responsável depois pela localização da casa e do médico-torturador Amílcar Lobo. Autora do único registro sobre o paradeiro de Carlos Alberto Soares de Freitas, o Beto, que comandou Dilma Rousseff nos tempos da VAR-Palmares. Última presa política a ser libertada no Brasil. Aos 69 anos, Inês Etienne Romeu tem muita história para contar. Mas ainda não pode. Vítima há oito anos de um misterioso acidente doméstico, que a deixou com graves limitações neurológicas, ela luta para recuperar a fala. Cinco meses depois de uma cirurgia com Paulo Niemeyer, a voz saiu firme: DIREITOS HUMANOS: Ministra acredita na aprovação da Comissão da Verdade no primeiro semestre deste ano - Vou tomar banho e esperar a doutora Virgínia. Era a primeira frase completa depois de tanto tempo. Foi dita na manhã de quarta-feira, em Niterói, no apartamento onde Inês trava a mais recente batalha de sua vida. Doutora Virgínia é a fis