Pular para o conteúdo principal

O mito da necessidade

Além Paraíba

Os anos passam, ás águas do verão em desequilíbrio pela violentação ambiental desnudam a verdadeira face de nossas administrações municipais e estaduais. Décadas pós décadas a mesma história. Salários do erário público esbanjados em obras faraônicas – todo Faraó tem sua pirâmide – super faturadas dividas com anterioridade para o bolso de cada envolvido no projeto seja ele qual for, e lá vem miséria descendo a ladeira, transbordando rios, alagando praças antes nunca maculadas, vidas boiando a mercê da corrente. E que?
A correr porque a chuva vem trazendo a felicidade conquistada a duras penas. Como àquele fogão comprado no recém-natal passado, a TV esperada, quem sabe o colchão para as crianças que cresceram muito nestes últimos 365 dias. Qualquer coisa de insólito pode advir diante de nosso olhar complacente reclamando alto, mas humildemente carregando alimentos para os desabrigados, catando roupas, sapatos que não usaremos no próximo inverno, acreditando assim cumprir com nosso dever de cidadão solidário.
Passa a chuva, desaparece entre a podridão acumulada as doenças típicas destas catástrofes. O aedes aegypti esconde transformando as UPA´s num sucesso governamental, novas doações federais num ciclo histórico lembra Camus na sua introdução a filosofia do absurdo ao comparar o absurdo da vida do homem com a situação de Sísifo, uma personagem da mitologia grega, condenado pelos deuses a repetir sempre a mesma tarefa de empurrar uma pedra de uma montanha até o topo, e vê-la rolar para baixo novamente.
Que personagem vamos escolher para representar? Sísifo? Ou exercer a nossa cidadania para organizar a sociedade civil mudando de fato o Brasil.

Posts Mais Lidos

1996 - Direitos Humanos violados no Brasil e no Mundo

Ao longo das últimas décadas, o Brasil assinou uma série de convenções, tratados e declarações que visam a garantir os direitos humanos fundamentais em nosso país. Apesar disso, diariamente, pessoas sofrem por terem seus direitos violados. São humilhadas, maltratadas e, muitas vezes, assassinadas impunemente. Tais fatos repercutem mundialmente, despertando o interesse de diversas organizações não-governamentais, que se preocupam em garantir os direitos acima mencionados, como a Human Rights Watch, que, anualmente, publica uma reportagem sobre a situação dos direitos humanos em diversos países do mundo, e cujos relatos sobre o Brasil, nos anos de 1996 e 1997, serviram de base para o relato exposto a seguir. Relatório em 1996: O ano de 1996, no Brasil, foi marcado por massacres, violência rural e urbana, más condições penitenciárias e impunidade gritante. No dia 19 de abril, em Eldorado dos Carajás, Pará, a Polícia Militar, com ordem para evitar que cerca de duas mil famílias ocupassem ...
Participe do IX ENCONTRO INTERNACIONAL DE INTELECTUAIS E ARTISTAS EM DEFESA  DA HUMANIDADE View more documents from Eduardo Guimaraes .

José Ibrahim- um herói do movimento operário

José Ibrahim- um herói do movimento operário 1968 marcou o século XX como o das revoltas - estudantis operárias, feministas, dos negros, ambientalistas, homossexuais. Todos os protestos sociais e mobilização política que agitaram o mundo como a dos estudantes na França, a Primavera de Praga, o massacre dos estudantes na México, a guerra no Vietnã se completam com as movimentos operários e estudantil no nosso pais. Vivíamos os anos de chumbo, o Brasil também precisava de sua primavera. Em Contagem, região industrial da grande Belo Horizonte, Minas Gerais, abriu caminho as grandes greves metalúrgicas coroada pela de 1968 em Osasco - região industrial de São Paulo onde brasileiros de fibra e consciência, miscigenam suas origens e raízes abalizadas pela particularidade brasileira, em plena luta contra a ditadura militar. Jose Ibrahim, 21 anos, eleito para a direção Sindical, jovem, líder por excelência, simplesmente parou todas as fábricas de Osasco, na época pólo central dos movimentos de...