Pular para o conteúdo principal

Cuba, 50 anos de sua opção pelo socialismo

Linda por natureza, paradisíaca, povoada por índios tainos, colonizada por espanhóis, Cuba marcou por suas lutas uma posição de destaque na história da América.
A Guerra de independência liderada por seu expoente maior José Martí – criador do Partido revolucionário cubano, político, jornalista, pensador, filosofo, poeta, seu pensamento transcendeu as fronteiras e ganhou caráter universal.
Aliou-se a Antonio Maceo, Maximo Gomez e desembarcaram em Playitas de Cajobabo para expulsar os espanhóis. As Guerras como costumam ser cruéis, desumanas, e José Martí morre prematuramente. Em Havana, dois anos depois em uma emboscada cae Antonio Maceo. Após a sangrenta luta contra o domínio espanhol, Cuba se vê dominada por um novo explorador os Estados Unidos da América.
Guerreiros natos, patriotas sempre, herdeiros de uma diversidade cultural sui generis, onde liberdade e justiça não são classificadas como sonhos irrealizáveis.
Jovens procedentes de distintas camadas sociais se organizam sob o pensamento libertador Martiniano, criam o Movimento 26 de Julho, tomam El Moncada – símbolo do poderio militar, são exilados, regressam à pátria a bordo de um pequeno iate – O Granma, ganham as montanhas , vitórias trás vitórias expulsam o ditador, e com ele a ingerência e interferência estadunidense, numa das mais lindas conquistas de liberdade de que se tem conhecimento a história da América.
Dos barbudos da Serra Maestra à sociedade civil organizada. Da alfabetização em massa, as conquistas na saúde, na educação, nas áreas biotecnológicas, na solidariedade, na cultura, conquista, reafirma no dia a dia sua soberania. Sem precedente na história, cubanos vão à luta onde no planeta se faz necessária a solidariedade. Reconstroem países destruídos por fenômenos naturais, doam seu sangue, seus sonhos, suas vidas se for para bem da humanidade.
50 anos de opção por um mundo melhor. Como disse Fidel Castro ontem – “valeu ter vivido para ver este desfile” celebrando a 1ª. Vitória em Playa Girón, reafirmando o socialismo
Quando pensamos – Que vão mostrar, agora?
Cuba apresenta ante nossos olhos a força colorida, comprometida de um povo que “há dicho basta y echado andar “como falou certa vez Ernesto Che Guevara, o médico guerrilheiro.
De décadas em décadas, a construção do pais rumo ao socialismo se deu dolorosa, ameaçada, entretanto intensa, protegida, decisiva.
O VI Congresso do Partido Comunista de Cuba, dá início logo após o emocionante encontros do povo cubano, na Praça da Revolução, onde Fidel há 50 anos dizia:
“entonces al pueblo armado y enardecido: “Eso es lo que no pueden perdonarnos [...] que hayamos hecho una Revolución socialista en las propias narices de Estados Unidos [...] Compañeros obreros y campesinos, esta es la Revolución socialista y democrática de los humildes, con los humildes y para los humildes. Y por esta Revolución de los humildes, por los humildes y para los humildes, estamos dispuestos a dar la vida”.
Na plenária do Centro de Convenções, horas mais tarde, Raul Castro – atual Presidente de Cuba- explica os temas debatidos em todos os rincões do pais:
“En un verdadero y amplio ejercicio democrático, el pueblo manifestó libremente sus opiniones, esclareció dudas, propuso modificaciones, expresó sus insatisfacciones y discrepancias y también sugirió abordar la solución de otros problemas no contenidos en el documento.
Una vez más se pusieron a prueba la confianza y unidad mayoritaria de los cubanos en torno al Partido y la Revolución, unidad que no niega diferencias de opiniones, sino que se fortalece y consolida con ellas. Todos los planteamientos, sin exclusión alguna, fueron incorporados al análisis, lo que permitió enriquecer el proyecto que se somete a la consideración de los delegados al Congreso.”
Aguardamos, a decisão do Partido Comunista de Cuba, certos de que as medidas adotadas serão bem sucedidas na consolidação da Revolução Cubana.

Posts Mais Lidos

1996 - Direitos Humanos violados no Brasil e no Mundo

Ao longo das últimas décadas, o Brasil assinou uma série de convenções, tratados e declarações que visam a garantir os direitos humanos fundamentais em nosso país. Apesar disso, diariamente, pessoas sofrem por terem seus direitos violados. São humilhadas, maltratadas e, muitas vezes, assassinadas impunemente. Tais fatos repercutem mundialmente, despertando o interesse de diversas organizações não-governamentais, que se preocupam em garantir os direitos acima mencionados, como a Human Rights Watch, que, anualmente, publica uma reportagem sobre a situação dos direitos humanos em diversos países do mundo, e cujos relatos sobre o Brasil, nos anos de 1996 e 1997, serviram de base para o relato exposto a seguir. Relatório em 1996: O ano de 1996, no Brasil, foi marcado por massacres, violência rural e urbana, más condições penitenciárias e impunidade gritante. No dia 19 de abril, em Eldorado dos Carajás, Pará, a Polícia Militar, com ordem para evitar que cerca de duas mil famílias ocupassem

José Ibrahim- um herói do movimento operário

José Ibrahim- um herói do movimento operário 1968 marcou o século XX como o das revoltas - estudantis operárias, feministas, dos negros, ambientalistas, homossexuais. Todos os protestos sociais e mobilização política que agitaram o mundo como a dos estudantes na França, a Primavera de Praga, o massacre dos estudantes na México, a guerra no Vietnã se completam com as movimentos operários e estudantil no nosso pais. Vivíamos os anos de chumbo, o Brasil também precisava de sua primavera. Em Contagem, região industrial da grande Belo Horizonte, Minas Gerais, abriu caminho as grandes greves metalúrgicas coroada pela de 1968 em Osasco - região industrial de São Paulo onde brasileiros de fibra e consciência, miscigenam suas origens e raízes abalizadas pela particularidade brasileira, em plena luta contra a ditadura militar. Jose Ibrahim, 21 anos, eleito para a direção Sindical, jovem, líder por excelência, simplesmente parou todas as fábricas de Osasco, na época pólo central dos movimentos de

Inez Etienne - única sobrevivente da casa da morte em Petrópolis

Única sobrevivente da Casa da Morte, centro de tortura do regime militar em Petrópolis. Responsável depois pela localização da casa e do médico-torturador Amílcar Lobo. Autora do único registro sobre o paradeiro de Carlos Alberto Soares de Freitas, o Beto, que comandou Dilma Rousseff nos tempos da VAR-Palmares. Última presa política a ser libertada no Brasil. Aos 69 anos, Inês Etienne Romeu tem muita história para contar. Mas ainda não pode. Vítima há oito anos de um misterioso acidente doméstico, que a deixou com graves limitações neurológicas, ela luta para recuperar a fala. Cinco meses depois de uma cirurgia com Paulo Niemeyer, a voz saiu firme: DIREITOS HUMANOS: Ministra acredita na aprovação da Comissão da Verdade no primeiro semestre deste ano - Vou tomar banho e esperar a doutora Virgínia. Era a primeira frase completa depois de tanto tempo. Foi dita na manhã de quarta-feira, em Niterói, no apartamento onde Inês trava a mais recente batalha de sua vida. Doutora Virgínia é a fis