Sábado chovia forte, uma chuva de verão num clima de inverno sulino. O ideal seria uma cama aconchegante, um bom livro, Beethoven como fundo musical . Mas, a opção postergada pela campanha ir ao CCBB ver a “Opera dos Vivos” era imperdível. Viajar na historia recente – o meu tempo – conviver com eles em cena, emocionar-me diante do infortúnio da desesperança, despencar abruptamente na esperança, é inesquecível.
Das ligas camponesas – do meu querido companheiro de luta em n etapas da minha vida Francisco Juliao, em cena a critica da realidade ao invés de uma imitação passiva, diante dos meus olhos o golpe militar que escureceu o Cruzeiro do Sul durante décadas, assassinando, torturando jovens vidas comprometidas com a liberdade, a sociedade vazia sem sentido, movida pela crença ainda bem atual de que o capital emancipa o homem.
Passar por Miranda – a cantora protesto que regressa do coma quando o comportamento alienígena invadia os palcos, que ela entrou profundo lá dentro escondeu-se furtivamente, sussurrou baixinho. O Brasil está mudando os sonhos já são possíveis. Milhões saíram da faixa da miséria e os dias vindouros prometem uma nova era para nosso País.
Quatro atos esmeradamente elaborados, entrelaçados entre passado e presente numa contemporaneidade impar. Cenários perfeitos para cada etapa, som, musica e ação dentro da mais fina sintonia.
Atores, parágrafo a parte. Eles se confundem em excelência e técnica num discurso afinado com o gestual, dando vida a pesquisa profunda e a individualidade de cada um. De Ney Piacentini a Anna Petta todos estavam perfeitos em suas personagens em instantes em que podíamos tocá-los dentro de uma magia real aliada a direção e a dramaturgia genial de Sergio Carvalho.
“Sou um escritor de pecas... vi como o homem é negociado, isso eu mostro, eu, o escritor de pecas...” BBrecht
Das ligas camponesas – do meu querido companheiro de luta em n etapas da minha vida Francisco Juliao, em cena a critica da realidade ao invés de uma imitação passiva, diante dos meus olhos o golpe militar que escureceu o Cruzeiro do Sul durante décadas, assassinando, torturando jovens vidas comprometidas com a liberdade, a sociedade vazia sem sentido, movida pela crença ainda bem atual de que o capital emancipa o homem.
Passar por Miranda – a cantora protesto que regressa do coma quando o comportamento alienígena invadia os palcos, que ela entrou profundo lá dentro escondeu-se furtivamente, sussurrou baixinho. O Brasil está mudando os sonhos já são possíveis. Milhões saíram da faixa da miséria e os dias vindouros prometem uma nova era para nosso País.
Quatro atos esmeradamente elaborados, entrelaçados entre passado e presente numa contemporaneidade impar. Cenários perfeitos para cada etapa, som, musica e ação dentro da mais fina sintonia.
Atores, parágrafo a parte. Eles se confundem em excelência e técnica num discurso afinado com o gestual, dando vida a pesquisa profunda e a individualidade de cada um. De Ney Piacentini a Anna Petta todos estavam perfeitos em suas personagens em instantes em que podíamos tocá-los dentro de uma magia real aliada a direção e a dramaturgia genial de Sergio Carvalho.
“Sou um escritor de pecas... vi como o homem é negociado, isso eu mostro, eu, o escritor de pecas...” BBrecht