Anos 60 do século XX. Década de muitas surpresas . Lindas algumas, outras de brutal violência. Despertei enjoada, uma pequena cólica estranha. Levanto devagarzinho. Algo me molesta, semi dormida não entendia quê. Vou ao banheiro, estou sangrando. Em instantes, rumo a maternidade. Primeiro vez suele ser assim. - Nada. Rebate falso alega o doutor. Dilatação zero.Volte quando as contrações aumentarem. A cada meia hora está de bom tamanho. - Que loucura é essa? Quando as dores chegarem de meia em meia hora volto? Ouvi bem? Mas por onde vai nascer este bebe? Ë grande demais. De passo só tenho está barriga. Por onde anda este médico num dia ensolarado e lindo. Seguro faremos cesariana, observou na última consulta. Pela dimensão e peso, inviável parto normal. -Está no sitio, volta no domingo à noite, e hoje é sábado. Bem que o Vinicius de Moraes tinha razão. - Não temos como comunicar. -Não posso acreditar. -Pois assim é. Hoje, casa meu irmão. Esta criança não vai nascer agora.
“Quando o extraordinário se torna cotidiano é a revolução”. Che