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Entre dezembros e dezembros II Marcello 2013


-        Mãe vem ver a  media luna. Está linda, crescendo, crescendo.
-        Onde? Marcello.
-        Aqui no vasinho.
-        Olho curiosa um brotinho que cresce, investigo, remexo mas não consigo atinar que plantinha é essa que vai ganhando vida.
Assim esbanjando coisas novas, falante, criativo, cheio de ideias e muita simpatia  foi vencendo cada etapa. Aprendeu de tudo, da física a Stanilavisk passando pela filosofia a um dos mais brilhantes na área de informática do pais. Cresceu fazendo da vida um eterno poema.
Ama a vida, adora o Pablo – seu guri  que acaba de cumprir 5 anos, e  traz no coração por seu manito a mesma ternura de quando o viu na encubadeira algumas décadas atrás. Fomos três durante um largo tempo até que devagar  foram trazendo para suas vidas, dividindo comigo  um núcleo gostoso de compartir esta magia que é viver.
Sempre soube que seria desta maneira, que haveria momentos difíceis, complicados, difíceis de transpor mas juntos íamos nos dedicar a construir um mundo melhor. Fosse de que maneira fosse. Anos trás anos, vai vencendo todos os obstáculos.
Ando aqui, tentando escrever e, ele entra e sai contracenando com mil situações.

Paro, fecho os olhos.
Ali diante das minhas lembranças a plantinha crescendo sob os céus do Caribe. Um dentinho de alho -  a famosa media luna.
17 de dezembro – de tão redonda e brilhante a lua ofusca todas as estrelas. Hoje, comemoro sua chegada ao mundo. Felicidades,  muito pouco para quem me deu mais risos que lágrimas – como dizia Niemeyer.
Um abraço longo, suave pleno de ternura, assim posso transferir neste toque mágico todo o carinho e amor que sempre tenho armazenado em dobro para comemorar você.

 

 

 

 




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