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Mãe
vem ver a media luna. Está linda,
crescendo, crescendo.
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Onde?
Marcello.
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Aqui
no vasinho.
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Olho
curiosa um brotinho que cresce, investigo, remexo mas não consigo atinar que
plantinha é essa que vai ganhando vida.
Assim esbanjando coisas novas, falante, criativo, cheio de ideias e muita
simpatia foi vencendo cada etapa.
Aprendeu de tudo, da física a Stanilavisk passando pela filosofia a um dos mais
brilhantes na área de informática do pais. Cresceu fazendo da vida um eterno
poema.
Ama a vida, adora o Pablo – seu guri
que acaba de cumprir 5 anos, e
traz no coração por seu manito a mesma ternura de quando o viu na
encubadeira algumas décadas atrás. Fomos três durante um largo tempo até que
devagar foram trazendo para suas vidas,
dividindo comigo um núcleo gostoso de
compartir esta magia que é viver.
Sempre soube que seria desta maneira, que haveria momentos difíceis,
complicados, difíceis de transpor mas juntos íamos nos dedicar a construir um
mundo melhor. Fosse de que maneira fosse. Anos trás anos, vai vencendo todos os
obstáculos.
Ando aqui, tentando escrever e, ele entra e sai contracenando com mil
situações.
Paro, fecho os olhos.
Ali diante das minhas lembranças a plantinha crescendo sob os céus do
Caribe. Um dentinho de alho - a famosa
media luna.
17 de dezembro – de tão redonda e brilhante a lua ofusca todas as estrelas.
Hoje, comemoro sua chegada ao mundo. Felicidades, muito pouco para quem me deu mais risos que
lágrimas – como dizia Niemeyer.
Um abraço longo, suave pleno de ternura, assim posso transferir neste
toque mágico todo o carinho e amor que sempre tenho armazenado em dobro para
comemorar você.