Faz três anos elegemos uma mulher para a Presidência da República, não uma parlamentar, ou Prefeita bem sucedida no seu mandato, não uma senadora com experiência nos corredores das confabulações.
Elegemos uma Presidenta economista, guerrilheira, decidida, valente, arrojada – sem medo de ser feliz.
Dilma não veio de greves, ou movimento estudantil. Não aprendeu nos palanques montados em praças, sindicatos, a dialogar com o povo, nem tampouco gerenciar acordos com a classe dominante, menos ainda contracenar com políticos de todo e qualquer matiz.
Veio sim de uma experiência de gabinete, com conhecimento de causa e efeito. Conhece o Brasil. Lutou por ele. Deu seus melhores anos a causa do povo brasileiro. Foi presa pela ditadura, torturada, humilhada, encarcerada, julgada, condenada movida pelo sonho da soberania, e da liberdade. Juventude adentro entendeu, que daquele jeito, o gigante que nunca esteve adormecido, este continente plural, precisava mudar. Não hesitou. Doou-se.
Anos mais tarde, o então Presidente Lula colocou nas suas mãos a difícil tarefa de dar continuidade a sua gestão. Todos sabemos com cresses que o brasileiro endossava esta indicação – como tão bem declarou nosso querido Oscar Niemeyer ¨ VOTODILMA – porque ela vai dar continuidade ao governo do Lula, único Presidente que fez o povo brasileiro sorrir um pouco¨
Queríamos sim continuar sorrindo. Queríamos tirar do nosso caminho a politica suja d do grupo do Serra e Marina Silva desestabilizadores de qualquer nascimento de igualdade, e de justiça social. Queríamos sim Dilma na Presidência. Queríamos tirar o ranço de séculos de corrupção, de desigualdade, de politicagem barata, escusa.
Eufóricos, inebriados pela felicidade que passa de largo e se não a agarramos nos vai para sempre de nossas mãos, fomos caindo na real de que governar não é apenas ir as ruas, teclar um sim.
Nossa pátria tinha muitos desafios pela frente. Havia um passado recente a ser desvendado. Encontrar nossos mortos, desparecidos, abrir os arquivos, pedir perdão aos seus filhos, fazer justiça. Ir lá atrás pra começar a ceifar a corrupção que corrói a sociedade, instalada pelas famílias que detém o poder político bem mais de um século.
Nesse vai e vem de ida e volta, entrar no presente para projetar um futuro idealizado. Reconstruir hospitais, reeducar a educação brutalmente destruída. Aquela educação projetada por Paulo Freire reorganizada e implantada por Darcy Ribeiro e Leonel Brizola, depredada pelos neo- liberalistas. Valorizar a cultura alicerce da cidadania.
Mas, o Brasil tinha prioridades bem maiores. Tirar da linha da miséria os que nem tinham um pedaço de pão para comer. Que fazer? Dar um teto que os amparasse da chuva. Que fazer?
¨Se alguém rouba comida e depois dá a vida – que fazer? Como diz Silvio Rodriguez, poeta maior desta América Latina, tão nossa, tão violentada pelos inescrupulosos de turno.
Dilma Rousseff tem realizado muito mais além do esperado. Abriu todas as brechas possíveis ao crescimento do país. Vale dá uma olhadinha no mundo lá fora.
Nos últimos dias, tem enfrentando a mídia fascista, descontrolada e servil, o povo reivindicando direitos justos, e outros que eles sequer conhecem como foi a PEC 37. Foi a única estadista de que temos conhecimento a sair de uma reunião para conversar com os jornalistas sobre a manifestações e suas reivindicações. As análises econômicas e financeiras dos ganhos e perdas deixo aos especialistas conscienciosos.
O indispensável é reconhecer que este é o momento de apoiá-la. De gritar como fizemos no dia da sua vitória - estamos com você, Dilma!
Ajudá-la a organizar a sociedade. Fiscalizar, denunciar. Fazer frente aos oportunistas, aventureiros voláteis, impedindo que eles ganhem terreno, porque somos capazes de defender nossa pátria. Temos discernimento para vislumbrar e sabedoria a manipulação dos fatos, dos que desejam nos ver subjugados.
No que me concerne, aqui nesta terra e neste instante como há anos atrás, estou aqui no front, incansável lutando pelas conquistas do povo brasileiro, apoiando a Presidenta que escolhemos para dar continuidade as primeiras conquistas do Brasil depois de tantos anos de obscurantismo, miséria, repressão, exclusão e preconceito.
Marilia Guimarães