Os principais discursos foram do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff, mas a estrela da primeira jornada do 4º Congresso do PT, nesta sexta-feira (2), foi o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu. Sentado logo atrás da ocupante do Palácio do Planalto, a quem abraçou várias vezes, ele ganhou afagos, declarações de apoio e motivou críticas à mídia pela cobertura que faz de suas atividades.
O primeiro a defender Dirceu - que integrou a mesa do encontro por ter sido presidente do PT - foi o líder da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Arthur Henrique: sugeriu um processo do partido contra a revista “Veja”, que acusou o ex-ministro de conspirar contra Dilma em um hotel de Brasília. Dirceu afirmou que a publicação tentou invadir seu quarto, onde se reuniu com ministros e líderes partidários, como mostram imagens divulgadas na revista.
Em seguida, o presidente do PT, Rui Falcão, citou o colega como um dos que “contribuiu para que o partido se tornasse referência mundial”. Os militantes aplaudiram e gritaram “Dirceu guerreiro do povo brasileiro”. O dirigente petista fez novas críticas à imprensa, pedindo regulamentação do setor sem atingir a liberdade de expressão.
O principal sinal de que Dirceu estaria bem aninhado no Congresso veio do ex-presidente Lula. “Eu li em um jornal esses dias que ia ter uma nota de apoio ao Zé Dirceu com meu aval. Nunca falaram comigo. Mas já que estou aqui, digo: tem o meu aval”, afirmou. “Não é possível as pessoas construírem as mentiras que querem construir e depois a gente ter de explicar para a sociedade brasileira.”
Dilma também fez reverência ao citar os ex-presidentes do PT que estavam presentes. “Cumprimento em nome de todos eles o companheiro José Dirceu”, disse a presidente.