tag:blogger.com,1999:blog-80137482024-03-14T03:42:33.817-03:00Marília Guimarães“Quando o extraordinário se torna cotidiano, é a revolução” Che Guevara (1928-1967).Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comBlogger885125tag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-62732583739616283712022-06-22T09:36:00.002-03:002022-06-22T09:36:55.185-03:00VIGILIA POR ASSANGE
<a href="https://www.facebook.com/mariliacguimaraes/"></a>
Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-18236194501006469272022-06-18T09:21:00.003-03:002022-06-18T09:21:45.001-03:00QUAL É O CRIME DE JULIAN ASSANGE
A extradição de Julian Assange, assinada hoje pela Ministra do Interior do Reino Unido, Priti Patel, é mais um exemplo do que significa o império de Elizabeth II por 70 anos, um jubileu de platina, que termina com a sentença de morte certa do jornalista australiano, criador do Wikileakes .
Os documentos publicados pelo Wikileaks, em seu site, denúncias anônimas e documentos vazados, com conteúdo sensível em assuntos de interesse público, e sempre preservando o anonimato de suas fontes, tratavam de questões relacionadas às barbaridades cometidas nas guerras desencadeadas pelos Estados Unidos e seus aliados contra o Afeganistão, Iraque, entre muitas outras questões, como a manipulação do impeachment da presidente do Brasil, Dilma Roussef, apoiada por seu vice-presidente Michel Temer.
Vale lembrar que não estamos no século 19, quando o Reino Unido fez o Tratado de Nanquim, assumindo o controle de Hong Kong. Nem antes da guerra do ópio, escravidão em suas colônias, com destaque para a Índia, sua presença cruel no continente africano, os sucessivos assassinatos dentro e fora da corte inglesa. A criação dos Emirados Árabes, Kuait, a implantação da indústria petrolífera no Iraque, a tomada de terras palestinas, a criação da Jordânia, o acidente da princesa de Gales com o árabe Al Fayed, após a denúncia ao mundo, dos inúmeros campos minados que ainda matam crianças, mulheres, homens de boa vontade.
A extradição de Julian Assange está ligada a todos os crimes de Lesa humanidade e ficará na história como uma das decisões mais previsíveis e arbitrárias de todos os tempos, típica de um Parlamento dividido.
Com base em argumentos frágeis, eles colocaram Assange na prisão, extradição para os Estados Unidos.
Cabe a nós continuar lutando pela organização da sociedade, pelo acesso à informação e comunicação em um mundo permanentemente sob vigilância e, sobretudo, pelo direito à livre expressão, direito essencial na luta pelo respeito a todos preservando os direitos humanos.
A batalha de ideias deve ser fortalecida e reforçada na reivindicação dos direitos que foram negados a Julian Assange, exigindo sua libertação imediata.
Exigimos que nos respondam: O QUE FEZ Julian ASSANGE?
Por Marília Guimarães – RedhBrasil
Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-11141139363670125662021-09-23T22:36:00.002-03:002021-09-23T22:36:39.960-03:00CHOQUE E TERROR SERÃO O FUTURO DA POLÍTICA <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-J5oYshAnj2s/YU0rF7q8-sI/AAAAAAAAFws/FnOE4C3bekky830w7Q_60QuvEpvWMQgtQCLcBGAsYHQ/s275/CPI.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" height="287" src="https://1.bp.blogspot.com/-J5oYshAnj2s/YU0rF7q8-sI/AAAAAAAAFws/FnOE4C3bekky830w7Q_60QuvEpvWMQgtQCLcBGAsYHQ/w640-h287/CPI.jpg" width="640" /></a></div><br /><p>Sem exageros de otimismo creio num futuro melhor, e luto por ele<br /></p>Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-75182684960890447542021-09-12T19:39:00.003-03:002021-09-12T19:39:19.505-03:00AMORES NO PARQUE GUINLE<p> </p><p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-eMQoV9BG8bU/YT58zngO-YI/AAAAAAAAFo8/qAvT6W0Fn4Y1Yeub0E7bx15JtrfKyqOaACLcBGAsYHQ/s270/Parque%2BGuinle.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="186" data-original-width="270" height="186" src="https://1.bp.blogspot.com/-eMQoV9BG8bU/YT58zngO-YI/AAAAAAAAFo8/qAvT6W0Fn4Y1Yeub0E7bx15JtrfKyqOaACLcBGAsYHQ/s0/Parque%2BGuinle.jpg" width="270" /></a></div><br /><p></p><p> </p><p> </p><p dir="ltr" id="docs-internal-guid-793a809c-7fff-b152-812f-b80ef8ecb159" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: -apple-system-font; font-size: 13.5pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Rua das Laranjeiras, Rio de Janeiro</span></p><br /><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Verde oliva, verde petróleo, verde limão capim da estrada, verde cor de esperanças, verde eternamente verde. Entre o verde exuberante da Mata Atlântica recortada pelas águas barrentas que dividem o Estado de Minas, do Estado do Rio Janeiro, na remota aldeia dos índios Puris, rotado ouro, dos tropeiros chegados da corte seduzidos pelos minerais preciosos; hoje, com Catedral, estação ferroviária, cinemas, escolas, museu, academias, o envelhecido hospital resistindo reconstruído, destruído em pequenos lapsos de tempo, elementos indispensáveis para crescer e multiplicar a cidade. A religião, o poder e o conhecimento.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Como Macondo – de um Cem anos de solidão, reproduz as mesmas e infindáveis estórias dentro da história. O Coronel Político, o médico, que viu todos os nascimentos, prescreveu medicamentos idênticos, a rapariga que foi entregue na manhã seguinte, pós a grande festa do casamento porque virgem não era, a louca cujos cabelos acinzentaram dentre janelas, portas cerradas aberta ao meio dia oferecendo passagem pela fresta à comida fornecida pelos vizinhos há mais de quarenta anos, o casarão amarelo, onde a criançada se atropelavam numa passada veloz, temerosos da anciã leprosa que podia contaminá-los pelo vento, do rio barrento inundado á tarde quando a companhia de luz abria as comportas, de fantasmas nas madrugadas, da casa da luz vermelha tal qual os barulhentos bordéis de Jorge Amado.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Coberta de estrelas, disputando com a lua o prateado que cobria agasalhando todo, longe do cheiro do mar, escrevi meu primeiro poema, perdido, em algum lugar do passado, usurpado das minhas mãos na sala de aula, onde a ordem era apenas ouvir ou responder se perguntado. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Raras seriam as noites de saída, estritamente proibidas. Como o imprevisível acontece, Balzac, Tolstoi, Machado de Assis deixariam</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"> a biblioteca recanto</span><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"> preferido e amado separando-me das paredes cheirando a terços, rezas e procissões.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Navegava pelos corredores a beleza de um certo rapaz cobiçado em sonhos e versos por jovens quase professorinhas. A curiosidade aposta na singularidade procura, remexe, indaga, investiga, vasculha, reencontra, encontra. Decidimos uma aposta. Contrassenso dos que pouco conhecem da vida. Pretexto por se não lograsse tocar o coração do galã. </span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Arrisquei. Se até a meia noite, como na estória da infância, não dançar comigo, deixo o páreo sem mais delongas. Sei perder. </span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">A orquestra com todos os instrumentos </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">violinos, violas, violoncelos, contrabaixos, flautas, flautins, oboés, clarinetes, clarinete, trompetes, trombones reinavam com repertório primoroso.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Até boleros intercalaram a sambas, twist, Chá chá chá, para ninguém botar defeito, embaralhando paixões, quando lindo como um deus grego, se acercou tímido abriu a mão, no sincopado da melodia, cautelosamente, abraçou - me junto ao seu corpo, madrugada a fora. Como diria Tolstoi </span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">‘“</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 12pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Confesso que foi uma diversão excelente à tempestade do meu coração.” </span><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">só permitida aos privilegiados, raras ocasiões ou coração distraído. </span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Costumo dizer, que os amores verdadeiros são eternos, imperecíveis. Assim foi. Segunda paixão inusitada. Prenha de vida e esperanças percorremos quilômetros de noites na praça, de horas de papo infindáveis no </span><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Parque Guinle</span><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"> nas </span><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Laranjeiras - </span><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">bairro bucólico da cidade maravilhosa.</span><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"> </span><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Como cúmplice o verde das árvores ao cair da tarde, o farfalhar das folhas, vivemos um grande amor. </span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Atirei o amor ao vento, mergulhei no dever, e fui à luta. Sem explicações, desculpas. Cada um faz suas escolhas. </span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Interessante, o movimento de rotação e translação, os reencontros acontecem dia menos pensado.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Chegava de um colóquio em Roma. </span><span style="background-color: transparent; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Um chat do Facebook estava repleto de</span><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"> "Porquês"</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: transparent; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"><br /></span><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">- Por onde anda você? </span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">- Responde? </span><span style="background-color: transparent; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"><br /><br /></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">- Quem será você???? </span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">- Não puedo creerlo? - Quase meio século sem um sinal de fumaça. Lutei, passei 10 anos no exílio, voltei. Coisas da vida. Tempos modernos, não fossem as redes sociais, muito provavelmente não o encontraria de novo. Amo o mundo moderno. Mac’s, celulares, mil ferramentas para encontrar amigos, amores, que fomos deixando em alguma esquina do passado.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"> Tantas vezes lembrado em noitadas em Miramar, aonde deslizava o passado, desfrutando a escuridão, remoendo os neurônios em busca do verso sufocado, beijada pela brisa que vinha do mar, a voz de Lourdes a vizinha do andar abaixo cantando todas as canções de Maysa. A fantástica Maysa, que deixara para trás uma das maiores fortunas do Brasil, para concretizar um sonho -cantar a vida, ao amor, a dor, a paixão.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"> Quantas vezes tentei nas estrelas acima da linha do equador um brilho diferente. Juanita, doce, curiosa, confidente, amiga, quase centenária. Insistia ter meu coração gavetinhas, onde cada amor guardei a sete chaves, que por vezes escapuliram na sodade imensa de um verde País, sufocando -me em lágrimas. Joana perdia horas ouvindo casos de amores, de amigos, das turmas de Laranjeiras, da garota de cabelo à lá Twiggy, dos companheiros, das lutas, da felicidade de estar na Ilha, da dolorida falta da Portela. </span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Muitas noites pós exaustivo dia de trabalho, do trânsito na hora rush, do stress, das conquistas, dos problemas típicos dos cotidianos tecnológicos, da saudade ao revés da sucessão dos dias, ligo o computador converso, trocando links de canções que dizem muito, que contam muito, da gostosa enxaqueca musical, harmonizadas num portunhol proposital, encontramos veios que explicam porque, era sábado, mas não apareci.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"> Nossos projetos de vida eram diferentes. Um queria a vida convencional, a outra queria mudar o mundo.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: white; color: #1b1b1b; font-family: Verdana; font-size: 13.999999999999998pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Depois de longos papos, menos ou mais, consigo desencarrilhar o trem de um passado que não deu certo, sigo caminho ao futuro empilhado de deveres apontando as setas do bug do milênio: fome, miséria, o capital destruindo tudo. O mar ainda não virou sertão - como cantou Sérgio Ricardo em "Deus e o Diabo na terra do sol"de Glauber Rocha. Falta muito, muito…. <br /></span></p><p><a href="https://www.youtube.com/watch?v=3dJs1YLjPaU">https://www.youtube.com/watch?v=3dJs1YLjPaU</a></p><p> </p><p> <br /></p>Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-65028108804990742352021-09-08T15:51:00.016-03:002021-09-08T15:58:59.074-03:00QUE VAS HACER ESTA NOCHE?<p><span style="font-size: large;"> </span></p><p><span style="font-size: large;">Rua Waldemar Falcão, 16 - Barra da Tijuca <br /><br />Havana se você bobear dorme todos os dias na madrugada, acorda cedo, trabalha todo o dia, vai a universidade fazer o mestrado, lê de pé nas guagas, chega. Num piscar de olhos encontra a agenda. Caramba, reunião na casa do Conselheiro Comercial da Embaixada do México compartir uma noite sui generis. Curtir as fotos e slides da antártica. Descanso merecido e original.<br /><br />De relance senti um olhar insistente. Outro e mais outro. Ciceroneava Roberto recém na ilha desde Paris. Um passeio, àquele jantar, idas à praia um namoro de férias julina, tudo por uma crise amorosa com o trovador. Será? <br /><br />- Preste atenção na tela. Roberto inquieto virava de posição inquieto. Conhece o rapaz à sua esquerda?<br /><br />- Nunca vi. <br /><br />- Deselegante. Não tira os olhos daqui.<br /><br />- Estará interessado na beleza, na aparência. Com toda está elegância que lhe é peculiar chama atenção. Quem sabe? <br /><br />- Aucune arnaque. <br /><br /><a href="https://www.blogger.com/u/8/#"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-wApe2RIfEsg/YTkGBUwZSuI/AAAAAAAAFoU/_VREdH1IhIMsKqLXBNxvdYsE3dMq6CNcwCLcBGAsYHQ/w362-h194/El%2Bmorro%2BCuba.jpg" /></a><br /><br /><br />-Je ne suis pas<br /><br />De regresso, um carro emparelhava, arriscando trocar palavras em pleno trânsito<br /><br />- Telefone - um gesto mundialmente conhecido, implorava.<br /><br />- Ignorava. <br /><br />No sinal fechado, quase aos gritos, pediu meu número.<br /><br />- Disfarçava. Vontade louca de cair na gargalhada, diante da insistência. <br /><br />- Quem será este tipo? <br /><br />- Ignoro. Enigma ? <br /><br />- Estranho. Era convidado. <br /><br />- Jamais o vi.<br /><br />Passava da uma, fiquei em Miramar, Roberto foi ao seu apê em Vedado.<br /><br />- Campainha? Voltou Roberto? <br /><br />- Como? Como chegou? Quem é você?<br /><br />- Calma. Não sou ladrão, nem tarado, ou coisa parecida. Sou Wladimir Padilla, filho do seu amigo Oscar Padilla, Ministro do Trabalho. Posso entrar?<br /><br />- Não. E? <br /><br />- Simples. Segui o carro. Vi o endereço. A luz que acendeu. Arrisquei. <br /><br />- Está louco? <br /><br />- Tampouco. É que nunca vi uma garota tão linda. <br /><br />- Inacreditável. Suma por favor. <br /><br />- Tudo bem. Dá-me seu telefone. Prometo não molestar.<br /><br />- Dou, você vai?<br /><br />- Vou.<br /><br />Passei o número, prometendo, garantindo, em toda a minha vida jamais atendê-lo.<br /><br />Na hora do café, antes da saída para o trabalho, tocando à porta: Wladimir. <br /><br />Inimaginável!<br /><br />- Achou mesmo que ia telefonar? Deixo você no hospital. Pelo caminho, nos conhecendo. <br /><br />Oscar, um grande amigo. Frequentava a casa com outros amigos Ministros e diplomatas. Agressiva, sem sentido.<br /><br />- Que vai fazer esta noite? Santa Maria, uma praia cerca do centro, tem um barzinho gostoso? Que tal um Campari?<br /><br />O mexicano lindo de morrer caiu no esquecimento. Preferia a alegria, os papos políticos, as chamadas na madrugada, as aparições inesperadas, as caminhadas no Malecón. Amor enlouquecido e pacato com direito a saudade e separação com lágrimas sem cogitação. O Brasil – única meta. Tudo mais, pequenos fragmentos de felicidade. Vivíamos na ponta da faca. A cada perda, noticias de tortura, mortes nos porões da ditadura, desaparecidos quantos. Futuro? Cada minuto vivido. <br /><br />Wladimir entendia bem. O pai lutou contra Fulgêncio Batista, guerreou na Serra Maestra.Com o Che entrou em Santa Clara. Cuidava como joia rara a Revolução.<br /><br />Trabalhando em Moscou optou pelas férias no verão. Chegou Julho, o verão escaldante, a viagem a Santiago para conhecer seus pequenos segredos.<br /><br />Na deslumbrada madrugada santiagueira, Martí em versos se entrepunha as taças de Campari brindavam o suave encontro. Nas ladeiras, estive com intimidade no Pelourinho. No Museu de General Antônio Maceo, prócer da independência de Cuba, junto a Máximo Gómez e José Martí, contra o colonialismo espanhol numa guerra, que durou mais de dez anos.<br /><br />O cafezinho na casa da Maria, filha mais novo de Antônio Maceo grata surpresas, passagem dos barbudos da Serra Maestra, Raul Castro nascido em Birán como seu irmão Fidel, estudou, liderou lutas estudantis, participou do Assalto ao Quartel Moncada, exilou-se no México, desembarcou no Granma. Comandou o “Segundo Frente” na Serra Maestra.<br /><br />Dizem que é duro e rigoroso. De perto, simplicidade, contador da história, divino ouvi-lo falando do Che. È Chefe das Forças Armadas Revolucionárias desde 1959 com 28 anos de idade. Wilma Espín, companheira de vida e trajetória, guerrilheira, fundadora e Presidente da Federação das Mulheres Cubanas. <br /><br />“Aqui nadie se rinde” sentenció Almeida o guerrilheiro, poeta, escritor, compositor em Alegria de Pio ao serem emboscados pelo fogo inimigo<br /><br />Juan Almeida Bosque, nascido de família humilde na cidade de Habana, com um tremendo coração santiagueiro é um desses seres excepcionais. Participou das guerras revolucionárias, organizou, dirigiu um dos pontos mais estratégicos da resistência: o “Terceiro Frente Oriental Mario Muñoz Monroy. Simples, terno, valente, tenaz, fantasticamente humano. Muitas tardes, em Miramar comparti do convívio deste companheiro entranhável. <br /><br />Frank País, líder do Movimento 26 de Julho, é assassinado aos 23 anos, em uma emboscada. Santiago chora de luto chora a perda de seu líder. Cuba reage. As forças militares de Batista retrocedem ante a ira popular. Greve geral de trabalhadores<br /><br />“... en los primeros momentos la gente quería llegar hasta el cadáver y hubo forcejeo con los guardias. Es que la reacción popular fue espontánea, muy poderosa y desde ese momento se paralizó la ciudad, la gente se dedicó a ir a donde estaba Frank”... declarou Wilma Espin.<br /><br />Da Serra Maestra Fidel escreve a Célia Sanchez “Todos los esbirros, todos los miserables que sirven a este régimen de un modo o de otro, todos los politiqueros juntos, no valen la vida de Frank País”. Maria trazia nos olhos marejados de lágrimas o orgulho dos seus meninos da Serra. <br /><br />A revolução cubana tem em seus quadros homens de indescritível compromisso com a vida, com seu povo, com a soberania de sua pátria. Comove vê-los, conversar com eles, saciar de sua fortaleza, nobreza de sentimentos e valentia.<br /><br />Frank País me levou as tardes, e noites no Novo Vedado. <br /><br />- “Nós éramos a retaguarda dos meninos da Sierra Maestra. Frank, franzino, professor, cheio de ilusões e vontade férrea liderava o Movimento no Oriente. Amado, respeitado por companheiros, vivia, e respirava revolução. Vira e mexe entrava casa adentro sempre sorridente buscando um biscoitinho para comer. <br /><br />- O estomago reclama nervoso, tia. Precisa ouvir sua inquietude. Não tenho tempo para grandes manjares. Qualquer coisa para enganar a fome. Ia engolindo enquanto nos punha a par das últimas novidades. Da cidade e do campo.<br /><br />Por vezes um banho ligeiro no calor sufocante do verão caribenho, trocava de roupa e saia às pressas para cumprir alguma tarefa. Era um dos meus maiores orgulho junto com Raul. Meus dois meninos. Quantas vezes tive por força das circunstancias viajar ao exterior trazendo armas embaixo das rodadas saias junto com minha filha maior. Frank ria como criança das peripécias nas furtivas viagens, enquanto embrulhávamos o material para fazer chegar a montanha. <br /><br />Nos parcos momentos de lazer fazíamos planos para o dia da Vitória. De como o povo receberia Fidel nos braços. De como seria nossa ilha livre com a queda de Batista. <br /><br />Como se fosse agora, 30 de julho de 1957, como em vezes anteriores, banhou-se as pressas trocou-se deixando sobre a cama uma linda goiabeira toda suada, saiu para um encontro que lhe custou a vida. Difícil foi aceitar sua morte. Difícil foram os dias que se seguiriam sem Frank. <br /><br />Lágrimas nos olhos, voz embargada ia descrevendo as ruas de Santiago na morte do seu menino. Habana e Santiago presentes na sala de Maria, e da adorável “tia” lembranças de um tempo em que entregar –se em prol da liberdade era questão de honra. Nós também não passávamos de simples meninos tentando um Brasil melhor. <br /><br />Trêmula, segurando o choro a goiabeira de Frank País a tia me regalou. Abraçados faltavam palavras.<br /><br />Portas destrancadas, velho hábito de Santiago de Cuba, saímos da cidade em direção à Capital renovados, atados pelo nó invisível da paixão revolucionária.<br /><br />Nós também não passávamos de simples meninos tentando um Brasil melhor. Santiago se definia plena na canção de Augusto Blanca:<br /><br />Santiago tus callejones paso a paso te recuerdan<br /><br />Nómbrame alguno que nunca escribiera su historia,<br /><br />nómbrame alguno donde no se hallan escuchado<br /><br />alguna vez aquel petardo de las nueve,<br /><br />nómbrame alguno que nunca sintonizaraaquel programa en la habitación del fondo:<br /><br />“…Aquí radio Rebelde<br /><br />desde la Sierra Maestra…”<br /><br />Amávamos tantas coisas em comum que extrapolamos o desejo para nos tornarmos companheiros eternos.<br /><br />Sagitariano, seguramente filho de Ogum, pregava peças a torto e a direito. <br /><br />- Hoje, vamos a uma paisagem sem precedentes.<br /><br />Subimos a rua que contorna o “Morro” para ver o Malecón desde o alto do túnel que corta a baía sob o mar.<br /><br />- Vê. Existe coisa mais linda no planeta?<br /><br />A mureta que separa o mar da avenida, emoldurada pelos prédios centenários, faz do Malecón um dos mais belos cartões postais.<br /><br />- Linda. Preciosa. <br /><br />- Bom. Desculpa Copacabana é mais bonita. O mar beija em largas ondas a areia. Nas grandes ressacas, atravessa a Avenida Atlântica. A calçada que circunda a orla é de pedras portuguesas em formato de ondas. Uma maravilha! Pode crer.<br /><br />Abraçou - me suave, beijou meus cabelos e num riso maroto ..<br /><br />- Perfeito. Nós é que preferimos fazer a revolução primeiro, e a calçada deixamos para depois.<br /><br />Incrível resposta. <br /><br />Rio e Havana desfilavam pelo nosso imaginário. Estado da Guanabara, assim denominado depois da transferência da capital para Brasília, e o Estado do Rio de Janeiro se fundiram em um único, cuja capital seria a cidade do Rio de Janeiro. Uma rápida e simples cerimônia, ignorando os problemas sociais do outro lado da baía e o papel que esta cidade desempenha no coração e na alma dos brasileiros. Preocupados com os decretos que legalizavam a fusão dos estados, esqueceram que o Rio de Janeiro viria a enfrentar todos problemas inerentes a uma capital de um Estado carcomido pela fome, pela miséria, pela falta de saneamento básico, pela imigração desenfreada. <br /><br />Nas prisões, milhares de companheiros continuam sendo torturados e mortos largo do país. <br /><br />O mundo explode, com imensa emoção, pela vitória dos vietnamitas sobre o gigante das infames guerras. Americanos se retiram humilhados, sob os olhares atentos do mundo. Membros da OEA estudam o fim do bloqueio à Cuba, que já passa dos onze anos. Sem sucesso. Apesar da vergonhosa derrota, os Estados Unidos não cedem o fim do bloqueio. <br /><br />A Ilha festeja a sua escolha para ser a sede do XI Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, no verão de 1978. Na capital, começava XII Encontro de Diretores de Centro de Escritores Socialistas. Fidel recebe o anteprojeto da nova Constituição do País. <br /><br />Maio, tiempo lluvias por caer – como diz o poeta. Celebra-se o Primeiro de Maio na Praça da Revolução, José Martí. No teatro Lázaro Peña, o XXX aniversário da queda do fascismo é celebrado com tristes recordações do holocausto e a decisão férrea de impedir um segundo capítulo deste na história da humanidade.<br /><br />Os dias engolem as noites e os pores-do-sol empurram os luares para a madrugada. Sinal de que o verão chegou e com ele os dias de viver na praia, de brincadeiras, de teatro infantil, de idas ao cinecito, de cuidar dos gerânios e das borboletas, de correr pelos pinheiros, de pegar polvos com Luly, Ayu, Mary, de sair com os meninos . Da Ana Glória e a delicada Ivetica. Dias de viver vinte e quatro horas de alegria com Cell e Edu. Férias, tempo de pôr em dia os mistérios da ilha.<br /><br />A modernidade sem pressa se aproximava da ilha. Chamada a Moscou via satélite. Conversar com Wladimir deixou de ser um suplício. Dias de espera. Uma bela hora a telefonista anunciava; vou completar a ligação.<br /><br />- Que ai fazer esta noite? <br /><br />- Em Havana?<br /><br />- Porque não. Vamos tomar um Campari?<br /><br />Wladimir Padilla, teimoso, atraente, carinhoso, brincalhão, é um típico revolucionário cubano. Se me apaixonei por ele? Infinito enquanto durou – seguindo a risca Vinicius de Moraes.<br /><br /><br /><br /><br /><br /></span> <span style="font-size: large;"><br /></span></p>Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-43477698404511294382021-09-05T13:06:00.003-03:002021-09-08T15:28:46.910-03:00VAYA CASUALIDAD<p><span style="font-size: large;"><br /></span><span style="font-size: large;"><img alt="https://1.bp.blogspot.com/-XIU8KeowuS4/YTUTDvurJPI/AAAAAAAAFoA/ffquEGEkGfwxKgS0Juc1GvGljv_hy9qjgCLcBGAsYHQ/s729/GIRASSOL2.jpeg" class="shrinkToFit" height="711" src="https://1.bp.blogspot.com/-XIU8KeowuS4/YTUTDvurJPI/AAAAAAAAFoA/ffquEGEkGfwxKgS0Juc1GvGljv_hy9qjgCLcBGAsYHQ/s729/GIRASSOL2.jpeg" width="582" /> <br />Rua do Ferragial, 33 - Lisboa </span></p><p><span style="font-size: large;"><br />As madeiras falavam anunciando seus passos no corredor. Interessante, como conversam, anunciam chegadas, reclamam de pisadas fortes. Costumam dizer ser o sol o culpado. Madeiras rangem, não duvidem pura energia solar. Realíssimo.<br /><br />Simplesmente seus passos. Só ela provocava tanto reboliço, nos corações e nas madeiras. Bobagem de criança argumentava vovó enquanto rodopiava em círculos, retângulos, quadriláteros atrás da, gordinha de cabelos brancos que ouvia pacientemente essas histórias. <br /> </span></p><p><span style="font-size: large;">Atirava -me de supetão, aconchegava entre seus braços disputando com a irmã mais nova todos os carinhos. Caia aos prantos, quando o via engravatado de saída para o trabalho. Inventava pretextos para postergar a saída. <br /><br /></span></p><ul style="text-align: left;"><li><span style="font-size: large;"> Machuquei o dedo na porta. </span></li><li><span style="font-size: large;"> Pode colocar o laço no meu cabelo?</span></li><li><span style="font-size: large;"> Acho que quero um copo de leite.</span></li></ul><span style="font-size: large;"><br />Inútil. Trabalhar é preciso.<br /><br />Velozes como raios as estações dançavam em redor do sol derramando um colorido de miosótis, gerânios, flamboyants nas ruas, praças, nas águas do rio correndo em direção ao mar. Todavia desconhecia a sequência entre elas. Quatro estações? Diziam quando insistia em dividi-las por flores, frutos, chuvas, frio.<br /><br /> Em algumas, desnudava as árvores, sapatinhos de lã, casacos nos finais das tardes, obrigatórios. Outras vezes o pomar apinhava-se de mangas, jambos, carambolas, pinhas, tímidas e pequenas uvas. <br /><br />Há! sem falar nos jambos de tão vermelhos lembravam a <br /><br />bebidas das garrafas deitadas. Porque deitadas? Viver é sempre curiosidade. <br /><br />O planeta é redondo. Tem forma de ser, de aparecer ,de viver, de crescer, de sonhar. Aprendi a conhecer o mundo entre flores, estrelas, lágrimas e risos. <br /><br />Alegria mesmo, quando o sol reinava absoluto adentrando por todas as janelas. Por estes dias aprendi amar os Por de sol, num colorido de amarelos, pinceladas num vermelho sangue,ia devagarinho desaparecendo trás montanha dando passo a noite salpicada de estrelas. <br /><br />Ia crescendo entre o belo, as histórias de um país trás os montes, afagos, pique - esconde, muito amor.<br /><br />Chiado no peito, lá ia entre alegre e triste à casa da vovó. Dias se não de chuva ou nublados, as compressas quentes no peito, rápido eram substituídas por brincadeiras como aquelas cócegas de matar qualquer um de tanto riso. Eram os instantes em que o mundo borrifava ternura caminhando de mãos dadas com a felicidade.<br /><br />Vó é tudo de bom. No paraíso perdido nas montanhas das Gerais, rodeado de pés de cana, arrozais, um pasto a perder de vista, aguardava inquieta nossa chegada. Duas alegrias vitais, a vó amada e Biano. Ela linda com seus cabelos acinzentados, gordinha e sorridente sempre, ele negro reluzente, lindo, querido como ninguém, passava horas comigo em travessuras no pomar ,na fascinante horta verdinha adornadas de saborosos e vermelhinhos tomates. Amava aquele menino que tinha o mais lindo sorriso que caminham nas minha andanças pelo passado. <br /><br />Impossível era esquivar à igreja hábito,que Dona Lídia não abria mão. Era intolerável, tinha que ser fazia parte para ser feliz. Felicidade tem preço. Alto por vezes. <br /><br />Se natal todos os sapatinhos da janela, despertavam abarrotados de presentes. <br /><br />Ano novo dormíamos no horário estabelecido, mas o cheiro de comida impregnava tudo. O medo da folia de Reis, alarmante, corria assustada. Passada as festas, todos voltavam, ficava a criançada para curtir o frescor da liberdade. Diga- se de passagem nunca entendi porque o escritório precisasse tanto dele. Reuniões, altas horas. Almoços na casa da cidade para os políticos do Partido. Tomava horas de seus dias. <br /><br />- Meu filho lamentava dona Lídia. Logo, o Eduardo Gomes, da UDN (União Democrática Nacional). Bom mesmo é o Getúlio Vargas criou a justiça do trabalho em 1339, implantou vários direitos trabalhistas, salário mínimo, consolidou as leis do trabalho, semana de trabalho de 48 horas, carteira profissional e férias remuneradas. Não entendo este oposto. Dona Lídia ... quem disse que os filhos sempre seguem os pais? Política a parte, o que batia feio era a saudade.<br /><br />Aquele ano, soou feio. Dentre a escola, deveres e saberes a asma alargou- se mais que anos anteriores. Esta a ausência demorada, sem maiores explicações, apenas o nervosismo pairando no ar.<br /><br />Chovia muito, os flamboyants não floresceram tanto, o céu escondeu punhados de estrelas, vovó não fez os doces costumeiros, Biano resmungava pelos cantos. Novembro, longe do natal infinidade de semanas. <br /><br />Um novo bebe chegaria antes ou depois depende da lua ouvia amiúde, quando ele levou-me para a casa de Angustura, onde a alegria pousara sem mais explicações. <br /><br /> <br /><br /> Na cadeira de balanço, quentinha embaixo do cobertor amarelo pediu-me com a doçura que lhe era peculiar. Seja obediente, estudiosa, respeite as pessoas sempre, trate o Biano com muito carinho. Eu amo você. Beijou-me na testa enquanto ajeitava a coberta. Esta crise vai passar. Eu volto antes das festas de fim de ano.<br /><br /> <br /><br />Aquele brinco de bolinha preta, na orelha da minha tia devia ter um significado. O sepulcral silêncio na enorme casa da Vila com janelas abrindo frente a igreja,outro mistério. Tudo mudou naquele dez de dezembro. Vovó chorava desesperadamente. Nem uma palavra, só o abraço forte molhando meus cabelos. Dias sombrios. Sem bolo na hora do café, sem risos com Biano. Sem idas á igreja, sem ruídos. <br /><br />Toda a Vila entrava e saía depois de uma estendida visita.<br /><br />Em Minas, tudo é permitido menos o escândalo. Crianças são excluídas das falas, das novidades, das angústias. Passaram dias, para saber a notícia que mudaria minha vida para sempre. Papai havia falecido de uma forma inexplicável. Havia recebido alta. Didinha saíra para buscar o carro. Tudo pronto para deixar o hospital. <br /><br />Preparado para a saída. Entra a enfermeira, seringa em mãos ...<br /><br /><i>Vou aplicar o remédio que deveria tomar por alguns meses. Um choque anafilático, arrebatou-lhe a vida. Não existem adjetivos que descreva esta dor. <br /></i><br />Oito anos é muito cedo para se ter consciência da realidade. Nos sapatinhos colocados no parapeito o sereno umedeceu todos eles. Percebi que do Papai Noel tinha outro nome. Decepção que acirrou mais a dor da eterna ausência. <br /><br />Não sei quantos séculos passaram, se anos apenas, dias. Não sei se foram as chuvas de março, ou os buracos negros, se a nanotecnologia, se os filhos Marcello e Eduardo,sagitarianos, pra lá de amados, nasceram nos dias 17/15 de dezembro, se Pablo - o neto querido, dia 11, que ouve Lenine cantando "Candeeiro Encantado", empurrando para lá e para cá este Mac air. Se tenho que levantar-me para tentar tirar manchas verdes das mãozinhas pequenas que acariciam meu rosto. Se a vida transformou dezembro em especial, derramando nas semanas deste mês do calendário gregoriano, todos os sonhos acumulados, vividos, 10/12 está marcado a ferro e fogo, ratifico inconsciente a falta do pai que fez toda a diferença. Hoje, o reconheci em uma foto postada no Facebook por irmã. Deu uma saudade danada. <br /><br />Em tempo: na minha Certidão de Nacionalidade Portuguesa, a data é 16/12 - <br /><br /><b>Vaya casualidad!</b></span><br />Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-23940075899981743182021-09-04T18:05:00.011-03:002021-09-07T17:19:55.489-03:00E, SE FOSSE DIFERENTE?<br /><p></p>A minha pátria é como se não fosse, é íntima<br />Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo<br />É minha pátria. Por isso, no exílio<br />Assistindo dormir meu filho<br />Choro de saudades de minha pátria.<br /><br />Se me perguntarem o que é a minha pátria direi:<br />Não sei. De fato, não sei<br />Como, por que e quando a minha pátria<br />Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água<br />Que elaboram e liquefazem a minha mágoa<br />Em longas lágrimas amargas.<br /><br />Vontade de beijar os olhos de minha pátria<br />De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...<br />Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias<br />De minha pátria, de minha pátria sem sapatos<br />E sem meias pátria minha<br />Tão pobrinha!<br /><br />Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho<br />Pátria, eu semente que nasci do vento<br />Eu que não vou e não venho, eu que permaneço<br />Em contato com a dor do tempo, eu elemento<br />De ligação entre a ação o pensamento<br />Eu fio invisível no espaço de todo adeus<br />Eu, o sem Deus!<br /><br />Tenho-te no entanto em mim como um gemido<br />De flor; tenho-te como um amor morrido<br />A quem se jurou; tenho-te como uma fé<br />Sem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeito<br />Nesta sala estrangeira com lareira<br />E sem pé-direito.<br /><br />Ah, pátria minha, lembra-me uma noite no Maine, Nova Inglaterra<br />Quando tudo passou a ser infinito e nada terra<br />E eu vi alfa e beta de Centauro escalarem o monte até o céu<br />Muitos me surpreenderam parado no campo sem luz<br />À espera de ver surgir a Cruz do Sul<br />Que eu sabia, mas amanheceu...<br /><br />Fonte de mel, bicho triste, pátria minha<br />Amada, idolatrada, salve, salve!<br />Que mais doce esperança acorrentada<br />O não poder dizer-te: aguarda...<br />Não tardo!<br /><br />Quero rever-te, pátria minha, e para <br />Rever-te me esqueci de tudo<br />Fui cego, estropiado, surdo, mudo<br />Vi minha humilde morte cara a cara<br />Rasguei poemas, mulheres, horizontes<br />Fiquei simples, sem fontes.<br /><br />Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta<br />Lábaro não; a minha pátria é desolação<br />De caminhos, a minha pátria é terra sedenta<br />E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular<br />Que bebe nuvem, come terra <br />E urina mar.<br /><br />Mais do que a mais garrida a minha pátria tem<br />Uma quentura, um querer bem, um bem<br />Um libertas quae sera tamem<br />Que um dia traduzi num exame escrito:<br />"Liberta que serás também"<br />E repito!<br /><br />Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa<br />Que brinca em teus cabelos e te alisa<br />Pátria minha, e perfuma o teu chão...<br />Que vontade de adormecer-me<br />Entre teus doces montes, pátria minha<br />Atento à fome em tuas entranhas<br />E ao batuque em teu coração.<br /><br />Não te direi o nome, pátria minha<br />Teu nome é pátria amada, é patriazinha<br />Não rima com mãe gentil<br />Vives em mim como uma filha, que és<br />Uma ilha de ternura: a Ilha <br />Brasil, talvez.<br /><br />Agora chamarei a amiga cotovia<br />E pedirei que peça ao rouxinol do dia<br />Que peça ao sabiá<br />Para levar-te presto este avigrama:<br />"Pátria minha, saudades de quem te ama...<br />Vinicius de Moraes."<br /><br />Texto extraído do livro "Vinicius de Moraes - Poesia Completa e Prosa", Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1998, pág. 383.<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-l3aD-SULpWE/YTfJGO27VFI/AAAAAAAAFoM/wITKfAZk-D0-8XHYhVIn-dmDxrR1IcwvgCLcBGAsYHQ/s320/WhatsApp%2BImage%2B2021-09-06%2Bat%2B13.52.19.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="320" height="180" src="https://1.bp.blogspot.com/-l3aD-SULpWE/YTfJGO27VFI/AAAAAAAAFoM/wITKfAZk-D0-8XHYhVIn-dmDxrR1IcwvgCLcBGAsYHQ/w320-h180/WhatsApp%2BImage%2B2021-09-06%2Bat%2B13.52.19.jpeg" width="320" /></a></div><br />Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-20476887065556399952021-07-11T17:08:00.004-03:002021-09-12T10:48:00.801-03:00FIQUE EM CASA<p><span style="font-size: small;"> </span></p><p><span style="font-size: small;">Rua Visconde de Pirajá, 550 - Rio de Janeiro <br /></span></p><p><span style="font-size: small;">Para Dr. Bruno Celoria <br /></span></p><p><span style="font-size: small;"> </span></p><p><span style="font-size: small;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-leZCNFuELVc/YT4Eo8plpvI/AAAAAAAAFow/ucVF8eIXdwcrKJIwe2m7xx3hn6Gz07UPQCLcBGAsYHQ/s312/COVID%2B19.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="161" data-original-width="312" height="161" src="https://1.bp.blogspot.com/-leZCNFuELVc/YT4Eo8plpvI/AAAAAAAAFow/ucVF8eIXdwcrKJIwe2m7xx3hn6Gz07UPQCLcBGAsYHQ/s0/COVID%2B19.jpg" width="312" /></a></span></div><span style="font-size: small;"><br />Que
classe de luz!Vontade de permanecer ali, de curtir cada ruela a do
queijo da Serra da Estrela no Príncipe Real, na véspera do regresso, de
perder o olhar no Tejo confundindo-se com o Atlântico palco de tantas
histórias. Viver é um ir e vir de intermináveis surpresas. </span><br />
<span style="font-size: small;">O
Brasil misto da nostalgia dos fados, do cantar sofrido de alegrar
senzalas, do batuque dos yorubás continente diverso dentro do continente
sul - americano , o ocidente profundo é minha próxima parada. </span><br />
<span style="font-size: small;">Calor
de quarenta e sete graus marcava o relógio quando aterrissamos no Rio
de Janeiro, afogada em tarefas urgentes. O carnaval aportou antes da
hora, mil blocos, muita alegria, muito amor, muita adrenalina. Um
explosão de sons, de gentes celebrando a felicidade. Perder a Banda de
Ipanema nem de longe - a saudade do Albino Pinheiro, que teve coragem de
enfrentar a ditadura e sair em Ipanema para denunciar nosso país
violentado - sempre bate forte na paradinha da esquina da Joana Angélica
com a Visconde de Pirajá numa homenagem ao eterno Pixinguinha, que
faleceu em pleno carnaval.</span><br />
<span style="font-size: small;">Carinhoso ... invade Ipanema. </span><br />
<span style="font-size: small;">Qual o quê. Um resfriado me pegou de jeito. Não teve blocos, não teve Banda, não teve carnaval. A Portela não foi campeã.</span><br />
<span style="font-size: small;">Sem
solução. Melhor dar um pulo para ver o Dr. Bruno Celória dar uma
examinada. Na China aumentava a epidemia de um vírus desconhecido.</span><br />
<span style="font-size: small;">Exames, mil perguntas, radiografias por se acaso.</span><br />
<span style="font-size: small;">- Tudo certo. </span><br />
<span style="font-size: small;">- Olhou feliz, sorrindo. Medo só se você adoecer de verdade, e.. eu não souber o que fazer.</span><br />
<span style="font-size: small;">Dr.
Bruno Céloria - jovem médico de uma dedicação fantástica. Adoro seu
jeito calmo, sua competência, seu interesse, sua ternura. Faz dez anos
nos conhecemos em meio a uma febre arrasadora, calafrios, coração em
disparada.</span><br />
<span style="font-size: small;">- Enfermeira por favor: paracetamol, exame de sangue e hidratação.</span><br />
<span style="font-size: small;">- Não quero.</span><br />
<span style="font-size: small;">- Como não quer?</span><br />
<span style="font-size: small;">Exame de sangue, e soro aceito. Comprimido não. </span><br />
<span style="font-size: small;">- Calma. O que você toma? </span><br />
<span style="font-size: small;">- Limão com sal para a febre.</span><br />
<span style="font-size: small;">-Como limão com sal? De onde tirou isto?</span><br />
<span style="font-size: small;">- Ensinou-me um Guineanao quando tive dengue no exílio. </span><br />
<span style="font-size: small;">Dez anos, nos conhecemos, Com ele aprendi a ter 70 anos no terceiro milênio. </span><br />
<span style="font-size: small;">Dia
seguinte, sério, via whatsaap, recomenda. A partir de hoje,
12/02/2020, nada de rua, cinema, visitar amigos, receber para um vinho
ou cafezinho. Nada mesmo, até segunda ordem. Quarentena. Isolamento
social. De acordo. </span><br />
<span style="font-size: small;">Claro. Que passou? </span><br />
<span style="font-size: small;">Pandemia - uma mutação do coronavírus - COVID19 contagia o mundo. Nada a fazer. Evitar o contágio é ordem mundial. </span><br />
<span style="font-size: small;">Mas, Bruno! </span><br />
<span style="font-size: small;">_ Sem , mais Bruno. FIQUE EM CASA!</span><br />
<span style="font-size: small;">Faz
26 dias, do primeiro susto, da tomada de consciência, do novo
calendário, do acerto na agenda, de novos projetos, da leitura
postergada, de juntar a tantos outros, adequar a vida a um novo ritmo
focando os dias na solidariedade. Dias de tristeza com tantas mortes e
contagiados. Dias de alegria porque esperança segundo diz o ditado é a
ultima que morre.</span><br />
<span style="font-size: small;">Não podemos mudar o curso do vento, mas podemos sim ajustas as velas. </span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span><span style="font-size: small;"><br /></span><span style="font-size: small;"><br /></span><br /> <br /><p></p>Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-46433869170833105882021-01-09T10:08:00.000-03:002021-01-09T10:08:32.087-03:00Seja você também mais um indicador do Premio às Brigadas Cubanas<p> </p><p><a href="https://brigadasmedcuba.com/ ">https://brigadasmedcuba.com/ </a><br /></p>Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-84065368565813159522020-09-29T10:35:00.001-03:002020-09-29T10:35:37.741-03:00ENTRE CAPIM LIMÃO E BRACHIARIAS<p>
</p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Entre Capim Limão e Brachiárias</span></i></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #1b1b1b; font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Cheguei uma hora antes. Coisas de
engenharia de trânsito. Sair na hora viável atrasa, se antes corre o risco de
adiantar tanto como uma hora de antecedência, por exemplo. Assim foi. Evaldo
sai da sala e depara comigo adiantadissssssssima. Um abraço feliz, perguntas
sobre a família, esposa. O corriqueiro agradável.</span><span style="color: #1b1b1b; font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">- Aqui de volta. Faz um ano de toda aquela
loucura. Hora de novos exames - brinquei</span><br />
<span style="background: white;">- Certo – argumentou tranquilo. O calor está
insuportável. Não chove, a plantação padece. O capim fica todo calcinado, o
gado sofre. </span><br />
<span style="background: white;">- No interior também a seca está castigando
dessa maneira?</span><br />
<span style="background: white;">- E, como? Sorte minha ter um caseiro boa gente,
preocupado cuidadoso, que aprendeu a importância da terra, da preservação da
água, do cuidado com o solo. Da necessidade de alternar o capim para fertilizar
a terra. Errei algumas vezes, mas apostei na solidariedade. Mulher e sete
filhos. </span><br />
<span style="background: white;">Tomei como meta três situações: preservar um
pedaço da mata atlântica, dar educação aos sete filhos do casal, todos hoje
empregados com seus negócios próprios exceto o mais velho que decidiu ficar conosco.
Todos casados, com filhos e nós cheios de netos. </span><br />
<span style="background: white;">Atenta aprendi sobre gados, iogurte puro com a
medida certa de B12, Embrapa e suas pesquisas exitosas, homens do campo
alfabetizados, formas e tipos de capins, fontes puras ainda preservadas neste Brasil
que esquecemos que existe. Como o terreno tem uma pequena inclinação plantamos
vários tipos de braquiárias apropriada para o gado. </span><br />
<span style="background: white;">- E, o capim gordura? Meu único conhecido,
provavelmente pelo estranho nome. </span><br />
<span style="background: white;">-Foi sendo substituído pelas braquiárias -
explicou.</span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #1b1b1b; font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #1b1b1b; font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-uImrlA6BurQ/X3M3-7sIRfI/AAAAAAAADX8/x_547lGi1ioayl7KQV70Yri5GsiF7-Y-QCLcBGAsYHQ/s266/Capim%2BLIma%25CC%2583o%2B1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="190" data-original-width="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-uImrlA6BurQ/X3M3-7sIRfI/AAAAAAAADX8/x_547lGi1ioayl7KQV70Yri5GsiF7-Y-QCLcBGAsYHQ/s0/Capim%2BLIma%25CC%2583o%2B1.png" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-IY-ysAi1R3o/X3M4BF-XdlI/AAAAAAAADYA/4_GvNagt9Tsabgu6tjz0kyV-Fs7hF4rHQCLcBGAsYHQ/s259/capim%2Blima%25CC%2583o%2B2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="194" data-original-width="259" src="https://1.bp.blogspot.com/-IY-ysAi1R3o/X3M4BF-XdlI/AAAAAAAADYA/4_GvNagt9Tsabgu6tjz0kyV-Fs7hF4rHQCLcBGAsYHQ/s0/capim%2Blima%25CC%2583o%2B2.png" /></a></div><br /><span style="background: white; color: #1b1b1b; font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><br /></span><span style="background: white; color: #1b1b1b; font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #1b1b1b; font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i><span style="color: #1b1b1b; font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Brachiárias
</span></i><span style="background: white; color: #1b1b1b; font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="background: white; color: #1b1b1b; font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
Pena! Pensei no capim de um verde claro que engalanam as estradas que dão à
histórica Tiradentes, e apelidamos verde limão capim da estrada. Será que darão
lugar as braquiárias? </span><span style="color: #1b1b1b; font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">-Que? Perguntou Evaldo.</span><br />
<span style="background: white;">- Nada. Nada. </span><br />
<span style="background: white;">Encontrou algo? – pergunto sem ansiedade.</span><br />
<span style="background: white;">Nada. Vamos fazer os exames de rotina. Estes
completam a nossa tranquilidade. Dr. Evaldo cuida a mulher com o mesmo carinho
que preserva a terra, salva vidas com dedicação e muito conhecimento. Como a
Embrapa pesquisa os segredos dos males que sufocam as alegrias. </span><br />
<span style="background: white;">Regressando, Eduardo e eu decidimos caminhar,
afinal o que é um Km numa tarde de verão depois de ouvir tudo que anseio na
vida. O homem ajudando ao homem vencer suas dificuldades, contribuindo com o
que está a seu alcance por aquele mundo que sonhamos.</span></span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Dr. Evaldo é
mastologista. Criou no Andaraí, bairro do subúrbio carioca – um Centro de
excelência para os terminais oncológicos. Carinho puro. O paciente recebe seus
familiares, toma os remédios para as dores, vive em família até quem sabe.
Parte </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Companheiro
de Partidos dos Caramez, especiais amigos, fui a seu consultório decidida a
tirar os nove fora. Uma mamografia revelava um nódulo na mama direita.
Investigamos, alguns positivos outros negativos. Operação marcada pós retorno
cirurgião de Houston.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Biopsia negada,
sem anestesia negativo. Fui emburrada. O Ultrassom repetido a pedido do
cirurgião indicava um nódulo grau 4. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Paciência. Vamos enfrentar esta a minha
maneira. A segunda vez que me diagnosticavam com câncer de mama. Uma em
fevereiro de 1984. Erro de leitura que me fez perder todos os quilos. Este no
terceiro milênio. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Evaldo é
muito simpático como devem ser os médicos que respeitam a vida. Conversamos
sobre tudo, politica nacional, internacional, </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>estórias dos anos 60. Sem mais nem porque
disparei: não quero que você me toque. Quero tr6es pedidos de mamografia e
ultrassom da mama. Faço depois conversamos. Olhou perplexo sorriu. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">- Aqui quem
manda é o paciente. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Duas semanas
passaram. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Exame de
rotina?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Perguntou Dra Pilar – espanhola bonita
- especialista em mamas. Exames anteriores? </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">- Deixei no Taxi,
dia destes.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Cautelosa,
girou quase meia hora a dupla que enfeita, dá vida e adoece por vezes. Com ou
sem cura. Incógnita sempre. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">- Tudo bem? –
pergunta Eduardo o companheiro de vida, de dores, de medos e alegrias.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">-Tudo.
Bastante densa. Sem novidade.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">- E, o nódulo
grau 4?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Como anos
atrás o mesmo questionamento?</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">- Como nódulo
grau 4?</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">-<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Não tire o Gel. Vamos ver outra vez. Estava espantada.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">- Asseguro
que nada. Nem na mamografia, tampouco na ultra. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">- Marilia
Guimarães – chamou a recepcionista – Pode entrar.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">- Como vão as
braquiárias?</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">- Passei o
final de semana no sitio. Estão bonitas. Deu para dar uma boa relaxada da
semana exaustiva.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">- Tirei dos
envelopes todos os exames, ordenei por data. Aí estão.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Leu releu.
Fez medições silenciosamente.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Posso
examinar. Coloque a bata, para frente. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Suas mãos
percorrerão todos os espaços. Axila, de novo mama.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Otimo.
Perfeito. Pode levantar.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Abraçou
forte, beijou meus cobiçados cabelos brancos. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Ano que vem
podemos nos ver. Que tal? </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Isto com
certeza. Disciplinadamente, todos os junhos faço checkup. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Vez que outra
ligo para ele, pedindo um help para um amigo, ou orientação para outro. Sortuda,
lucrei um amigo.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Lá se vão dez
anos. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;"> </span></p>
<style>
<!--
/* Font Definitions */
@font-face
{font-family:"Cambria Math";
panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:roman;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;}
@font-face
{font-family:Calibri;
panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:swiss;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-536859905 -1073732485 9 0 511 0;}
@font-face
{font-family:Verdana;
panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:swiss;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-1593833729 1073750107 16 0 415 0;}
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-unhide:no;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
margin:0cm;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
p.MsoHeader, li.MsoHeader, div.MsoHeader
{mso-style-priority:99;
mso-style-link:"Cabeçalho Char";
margin:0cm;
mso-pagination:widow-orphan;
tab-stops:center 212.6pt right 425.2pt;
font-size:12.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
span.CabealhoChar
{mso-style-name:"Cabeçalho Char";
mso-style-priority:99;
mso-style-unhide:no;
mso-style-locked:yes;
mso-style-link:Cabeçalho;}
.MsoChpDefault
{mso-style-type:export-only;
mso-default-props:yes;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}size:595.0pt 842.0pt;
margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm;
mso-header-margin:35.4pt;
mso-footer-margin:35.4pt;
mso-paper-source:0;}
div.WordSection1
{page:WordSection1;}</style>
<p><style>
<!--
/* Font Definitions */
@font-face
{font-family:"Cambria Math";
panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:roman;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;}
@font-face
{font-family:Calibri;
panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:swiss;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-536859905 -1073732485 9 0 511 0;}
@font-face
{font-family:Verdana;
panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:swiss;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-1593833729 1073750107 16 0 415 0;}
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-unhide:no;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
margin:0cm;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
.MsoChpDefault
{mso-style-type:export-only;
mso-default-props:yes;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}size:612.0pt 792.0pt;
margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm;
mso-header-margin:36.0pt;
mso-footer-margin:36.0pt;
mso-paper-source:0;}
div.WordSection1
{page:WordSection1;}</style></p>Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-64000690291579710462020-09-08T10:52:00.000-03:002020-09-08T10:52:00.416-03:00QUE VAS HACER ESTA NOCHE?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-_Przy9vOtCo/X1eMF3o7tjI/AAAAAAAADWw/UHHvrMTfiwQR3qlaXj_wOlgcCfpkZPCCQCLcBGAsYHQ/s275/Morro%2Bde%2BHavana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" src="https://1.bp.blogspot.com/-_Przy9vOtCo/X1eMF3o7tjI/AAAAAAAADWw/UHHvrMTfiwQR3qlaXj_wOlgcCfpkZPCCQCLcBGAsYHQ/s0/Morro%2Bde%2BHavana.jpg" /></a></div><br /><p><br /><br />Havana se você bobear dorme todos os dias na madrugada, acorda<br />cedo, trabalha todo o dia, vai a universidade fazer o mestrado, lê de<br />pé nas guagas, chega. Num piscar de olhos encontra a agenda.<br />Caramba, reunião na casa do Conselheiro Comercial da Embaixada do<br />México compartir uma noite sui generis. Curtir as fotos e slides da<br />antártica. Descanso merecido e original.<br />De relance senti um olhar insistente. Outro e mais outro. Ciceroneava<br />Roberto recém na ilha desde Paris. Um passeio, àquele jantar, idas à<br />praia um namoro de férias julina, tudo por uma crise amorosa com o<br />trovador. Será?<br />- Preste atenção na tela. Roberto inquieto virava de posição inquieto.<br />Conhece o rapaz à sua esquerda?<br />- Nunca vi.<br />- Deselegante. Não tira os olhos daqui.<br />- Estará interessado na beleza, na aparência. Com toda está<br />elegância que lhe é peculiar chama atenção. Quem sabe?<br />- Aucune arnaque.<br />-Je ne suis pas<br />De regresso, um carro emparelhava, arriscando trocar palavras em<br />pleno trânsito<br />- Telefone - um gesto mundialmente conhecido, implorava.<br />- Ignorava.<br />No sinal fechado, quase aos gritos, pediu meu número.<br />- Disfarçava. Vontade louca de cair na gargalhada, diante da<br />insistência.<br />- Quem será este tipo?<br />- Ignoro. Enigma ?<br />- Estranho. Era convidado.<br /><br />- Jamais o vi.<br />Passava da uma, fiquei em Miramar, Roberto foi ao seu apê em<br />Vedado.<br />- Campainha? Voltou Roberto?<br />- Como? Como chegou? Quem é você?<br />- Calma. Não sou ladrão, nem tarado, ou coisa parecida. Sou<br />Wladimir Padilla, filho do seu amigo Oscar Padilla, Ministro do<br />Trabalho. Posso entrar.<br />- Não. E?<br />- Simples. Segui o carro. Vi o endereço. A luz que acendeu. Arrisquei.<br />- Está louco?<br />- Tampouco. É que nunca vi uma garota tão linda.<br />- Inacreditável. Suma por favor.<br />- Tudo bem. Dá-me seu telefone. Prometo não molestar.<br />- Dou, você vai?<br />- Vou.<br />Passei o número, prometendo, garantindo, em toda a minha vida<br />jamais atendê-lo.<br />Na hora do café, antes da saída para o trabalho, tocando à porta:<br />Wladimir.<br />Inimaginável!<br />- Achou mesmo que ia telefonar? Deixo você no hospital. Pelo<br />caminho, nos conhecendo.<br />Oscar, um grande amigo. Frequentava a casa com outros amigos<br />Ministros e diplomatas. Agressiva, sem sentido.<br />- Que vai fazer esta noite? Santa Maria, uma praia cerca do centro,<br />tem um barzinho gostoso? Que tal um Campari?<br />O mexicano lindo de morrer caiu no esquecimento. Preferia a alegria,<br />os papos políticos, as chamadas na madrugada, as aparições<br /><br />inesperadas, as caminhadas no Malecón. Amor pacato com direito a<br />saudade e separação com lágrimas sem cogitação. O Brasil – única<br />meta. Tudo mais, pequenos fragmentos de felicidade. Vivíamos na<br />ponta da faca. A cada perda, noticias de tortura, mortes nos porões<br />da ditadura, desaparecidos quantos. Futuro? Cada minuto vivido.<br />Wladimir entendia bem. O pai lutou contra Fulgêncio Batista,<br />guerreou na Serra Maestra.Com o Che entrou em Santa Clara.<br />Cuidava como joia rara a Revolução.<br />Trabalhando em Moscou optou pelas férias no verão. Chegou Julho, o<br />verão escaldante, a viagem a Santiago para conhecer seus pequenos segredos.</p><p>Na deslumbrada madrugada santiagueira, Martí em versos se<br />entrepunha as taças de Campari brincavam o suave encontro. Nas<br />ladeiras, estive com intimidade no Pelourinho. No Museu de General<br />Antônio Maceo, prócer da independência de Cuba, junto a Máximo<br />Gómez e José Martí, contra o colonialismo espanhol numa guerra,<br />que durou mais de dez anos.<br />O cafezinho na casa da Maria, filha mais novo de Antônio Maceo grata<br />surpresas, passagem dos barbudos da Serra Maestra, Raul Castro<br />nascido em Birán como seu irmão Fidel, estudou, liderou lutas<br />estudantis, participou do Assalto ao Quartel Moncada, exilou-se no<br />México, desembarcou no Granma. Comandou o “Segundo Frente” na<br />Serra Maestra.<br />Dizem que é duro e rigoroso. De perto, simplicidade, contador da<br />história, divino ouvi-lo falando do Che, firme. È Chefe das Forças<br />Armadas Revolucionárias desde 1959 com 28 anos de idade. Wilma<br />Espín, companheira de vida e trajetória, guerrilheira, fundadora e<br />Presidente da Federação das Mulheres Cubanas.<br />“Aqui nadie se rinde” sentenció Almeida o guerrilheiro, poeta,<br />escritor, compositor em Alegria de Pio ao serem emboscados pelo<br />fogo inimigo<br />Juan Almeida Bosque, nascido de família humilde na cidade de<br />Habana, com um tremendo coração santiagueiro é um desses seres<br />excepcionais. Participou das guerras revolucionárias, organizou,<br />dirigiu um dos pontos mais estratégicos da resistência: o “Terceiro<br />Frente Oriental Mario Muñoz Monroy. Simples, terno, valente, tenaz,<br />fantasticamente humano. Muitas tardes, em Miramar comparti do<br />convívio deste companheiro entranhável.<br />Frank País, líder do Movimento 26 de Julho, é assassinado aos 23<br />anos, em uma emboscada. Santiago chora de luto chora a perda de<br /><br />seu líder. Cuba reage. As forças militares de Batista retrocedem ante<br />a ira popular. Greve geral de trabalhadores<br />“... en los primeros momentos la gente quería llegar hasta el cadáver<br />y hubo forcejeo con los guardias. Es que la reacción popular fue<br />espontánea, muy poderosa y desde ese momento se paralizó la<br />ciudad, la gente se dedicó a ir a donde estaba Frank”... declarou<br />Wilma Espin.<br />Da Serra Maestra Fidel escreve a Célia Sanchez “Todos los esbirros,<br />todos los miserables que sirven a este régimen de un modo o de otro,<br />todos los politiqueros juntos, no valen la vida de Frank País”. Maria<br />trazia nos olhos marejados de lágrimas o orgulho meninos da Serra.<br />A revolução cubana tem em seus quadros homens de indescritível<br />compromisso com a vida, com seu povo, com a soberania de sua<br />pátria. Comove vê-los, conversar com eles, saciar de sua fortaleza,<br />nobreza de sentimentos e valentia.<br />Frank País me levou as tardes, e noites no Novo Vedado.<br />- “Nós éramos a retaguarda dos meninos da Sierra Maestra. Frank,<br />franzino, professor, cheio de ilusões e vontade férrea liderava o<br />Movimento no Oriente. Amado, respeitado por companheiros, vivia, e<br />respirava revolução. Vira e mexe entrava casa adentro sempre<br />sorridente buscando um biscoitinho para comer.<br />- O estomago reclama nervoso, tia. Precisa ouvir sua inquietude. Não<br />tenho tempo para grandes manjares. Qualquer coisa para enganar a<br />fome. Ia engolindo enquanto nos punha a par das últimas novidades.<br />Da cidade e do campo.<br />Por vezes um banho ligeiro no calor sufocante do verão caribenho,<br />trocava de roupa e saia às pressas para cumprir alguma tarefa. Era<br />um dos meus maiores orgulho junto com Raul. Meus dois meninos.<br />Quantas vezes tive por força das circunstancias viajar ao exterior<br />trazendo armas embaixo das rodadas saias junto com minha filha<br />maior. Frank ria como criança das peripécias nas furtivas viagens,<br />enquanto embrulhávamos o material para fazer chegar a montanha.<br />Nos parcos momentos de lazer fazíamos planos para o dia da Vitória.<br />De como o povo receberia Fidel nos braços. De como seria nossa ilha<br />livre com a queda de Batista.<br />Como se fosse agora, 30 de julho de 1957, como em vezes<br />anteriores, banhou-se as pressas trocou-se deixando sobre a cama<br />uma linda goiabeira toda suada, saiu para um encontro que lhe<br />custou a vida. Difícil foi aceitar sua morte. Difícil foram os dias que se<br />seguiriam sem Frank.<br />Lágrimas nos olhos, voz embargada ia descrevendo as ruas de<br />Santiago na morte do seu menino. Habana e Santiago presentes na<br />sala de Maria, e da adorável “tia” lembranças de um tempo em que<br />entregar –se em prol da liberdade era questão de honra. Nós também<br />não passávamos de simples meninos tentando um Brasil melhor.<br />Trêmula, segurando o choro a goiabeira de Frank País a tia me<br />regalou. Abraçados faltavam palavras.<br />Portas destrancadas, velho hábito de Santiago de Cuba, saímos da<br />cidade em direção à Capital renovados, atados pelo nó invisível da<br />paixão revolucionária.<br />Nós também não passávamos de simples meninos tentando um Brasil<br />melhor. Santiago se definia plena na canção de Augusto Blanca:<br />Santiago tus callejones paso a paso te recuerdan<br />Nómbrame alguno que nunca escribiera su historia,<br />nómbrame alguno donde no se hallan escuchado<br />alguna vez aquel petardo de las nueve,<br />nómbrame alguno que nunca sintonizaraaquel programa en la<br />habitación del fondo:<br />“…Aquí radio Rebelde<br />desde la Sierra Maestra…”<br />Amávamos tantas coisas em comum que extrapolamos o desejo para<br />nos tornarmos companheiros eternos.<br />Sagitariano, seguramente filho de Ogum, pregava peças a torto e a<br />direito.<br />- Hoje, vamos a uma paisagem sem precedentes.<br />Subimos a rua que contorna o “Morro” para ver o Malecón desde o<br />alto do túnel que corta a baía sob o mar.<br />- Vê. Existe coisa mais linda no planeta?<br /><br />A mureta que separa o mar da avenida, emoldurada pelos prédios<br />centenários, faz do Malecón um dos mais belos cartões postais.<br />- Linda. Preciosa.<br />- Bom. Desculpa Copacabana é mais bonita. O mar beija em largas<br />ondas a areia. Nas grandes ressacas, atravessa a Avenida Atlântica.<br />A calçada que circunda a orla é de pedras portuguesas em formato de<br />ondas. Uma maravilha! Pode crer.<br />Abraçou - me suave, beijou meus cabelos e num riso maroto ..<br />- Perfeito. Nós é que preferimos fazer a revolução primeiro, e a<br />calçada deixamos para depois.<br />Incrível resposta.<br />Rio e Havana desfilavam pelo nosso imaginário. Estado da<br />Guanabara, assim denominado depois da transferência da capital<br />para Brasília, e o Estado do Rio de Janeiro se fundiram em um único,<br />cuja capital seria a cidade do Rio de Janeiro. Uma rápida e simples<br />cerimônia, ignorando os problemas sociais do outro lado da baía e o<br />papel que esta cidade desempenha no coração e na alma dos<br />brasileiros. Preocupados com os decretos que legalizavam a fusão dos<br />estados, esqueceram que o Rio de Janeiro viria a enfrentar todos<br />problemas inerentes a uma capital de um Estado carcomido pela<br />fome, pela miséria, pela falta de saneamento básico, pela imigração<br />desenfreada.<br />Nas prisões, milhares de companheiros continuam sendo torturados e<br />mortos largo do país.<br />O mundo explode, com imensa emoção, pela vitória dos vietnamitas<br />sobre o gigante das infames guerras. Americanos se retiram<br />humilhados, sob os olhares atentos do mundo. Membros da OEA<br />estudam o fim do bloqueio à Cuba, que já passa dos onze anos. Sem<br />sucesso. Apesar da vergonhosa derrota, os Estados Unidos não<br />cedem o fim do bloqueio.<br />A Ilha festeja a sua escolha para ser a sede do XI Festival Mundial da<br />Juventude e dos Estudantes, no verão de 1978. Na capital, começava<br />XII Encontro de Diretores de Centro de Escritores Socialistas. Fidel<br />recebe o anteprojeto da nova Constituição do País.<br />Maio, tiempo lluvias por caer – como diz o poeta. Celebra-se o<br />Primeiro de Maio na Praça da Revolução, José Martí. No teatro Lázaro<br />Peña, o XXX aniversário da queda do fascismo é celebrado com<br /><br />tristes recordações do holocausto e a decisão férrea de impedir um<br />segundo capítulo deste na história da humanidade.<br />Os dias engolem as noites e os pores-do-sol empurram os luares para<br />a madrugada. Sinal de que o verão chegou e com ele os dias de viver<br />na praia, de brincadeiras, de teatro infantil, de idas ao cinecito, de<br />cuidar dos gerânios e das borboletas, de correr pelos pinheiros, de<br />pegar polvos com Luly, Ayu, Mary, de sair com os meninos . Da Ana<br />Glória e a delicada Ivetica. Dias de viver vinte e quatro horas de<br />alegria com Cell e Edu. Férias, tempo de pôr em dia os mistérios da<br />ilha.<br />A modernidade sem pressa se aproximava da ilha. Chamada a<br />Moscou via satélite. Conversar com Wladimir deixou de ser um<br />suplício. Dias de espera. Uma bela hora a telefonista anunciava; vou<br />completar a ligação.<br />- Que ai fazer esta noite?<br />- Em Havana?<br />- Porque não. Vamos tomar um Campari?<br /> </p><p>Wladimir Padilla, teimoso, atraente, carinhoso, brincalhão, é um<br />típico revolucionário cubano. Se me apaixonei por ele? Infinito<br />enquanto durou – seguindo a risca Vinicius de Moraes.<br /></p>Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-51701018620427305042020-09-06T12:00:00.003-03:002020-09-06T12:00:45.848-03:00AMORES IMPERECIVÉIS <p>
</p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">SAUDADE </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-GBO5Z6wQPd8/X1T5dFAhebI/AAAAAAAADWM/5de5SmvN4VIPvomYVWAttu9mz3imu1ZzQCLcBGAsYHQ/s260/montanha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="194" data-original-width="260" src="https://1.bp.blogspot.com/-GBO5Z6wQPd8/X1T5dFAhebI/AAAAAAAADWM/5de5SmvN4VIPvomYVWAttu9mz3imu1ZzQCLcBGAsYHQ/s0/montanha.jpg" /></a></div>NÃO TEM TRADUÇÃO MESMO<p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;"> </span></p>
<p><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Atirava -me de supetão,
aconchegava <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>entre seus braços
disputando com a irmã mais nova todos os carinhos. Caia aos
prantos, quando o via engravatado de saída para o trabalho. Pegava qualquer
coisa a minha pela frente, corria<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>das
mãos na tentativa de contar com o <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tempo conivente dos meus anseios ,permitisse
descobrir o misterioso escritório. Não sabia onde, nem como. Somente, que a
noite muitas vezes batia à porta, antes que seus passos fossem ouvidos
cruzando o corredor.</span></p>
<p><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Não raro um chiado tomava
conta do meu peito perdendo horas e dias de diversão. Se não eram de chuva
ou nublados, as compressas quentes eram substituídas por brincadeiras
como aquelas cócegas de matar qualquer um de tantos risos. Eram os
instantes em que o mundo borrifava ternura caminhando de mãos dadas com a
felicidade. Eu era feliz. Erámos felizes. </span></p>
<p><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Velozes como raios as
estações dançavam em redor do sol derramando um colorido de miosótis,
gerânios, flamboyants nas ruas, praças, nas águas do rio que corria em direção
ao mar. Certo que a sequencia entre elas me era desconhecido. Em algumas,
desnudavam as árvores, sapatinhos de lã, casacos nos finais das tardes
obrigatórios, por vezes o pomar apinhava-se de mangas, jambos, carambolas,
pinhas, tímidas e pequenas uvas. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></p>
<p><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Alegria mesmo quando o
sol reinava absoluto adentrando por todas as janelas, dominando por todos
os lado Por estes dias aprendi amar os Por de sol, esperar a noite chegando
tardia salpicada de estrelas, bem antes que elas iluminassem o céu num colorido
de amarelos em pinceladas num vermelho sangue, nos confundíamos
entre afagos, pique - esconde, historietas. </span></p>
<p><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Nestes dias, metíamos no
carro rumo à casa da vovó, paraíso perdido nas montanhas das Gerais, rodeado de
pés de cana, arrozais, um pasto a perder de vista aguardando nossa vinda. Duas
alegrias vitais, a vó amada e Biano, negro reluzente, lindo, querido como
ninguém, confiado de brincar em travessuras no pomar ,na fascinante horta
verdinha adornadas de saborosos e vermelhinhos tomates. </span></p>
<p><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">As esquivadas à igreja hábito
que Dona Lídia não abria mão, era intolerável, fazia parte para ser feliz.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Felicidade tem preço. Alto por vezes. </span></p>
<p><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Se natal todos os sapatinhos da
janela, despertavam abarrotados de presentes. Ano novo dormíamos no horário
estabelecido, mas o cheiro de comida impregnava tudo. O medo da folia de Reis,
alarmante, corria assustada. Passada as festas, todos voltavam, ficava a criançada
para curtir o frescor da liberdade. Diga- se de passagem nunca entendi o escritório
precisasse tanto dele. Reuniões, altas horas. Almoços na casa da cidade
para os políticos do Partido. Tomava horas de seus dias. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">- Meu filho
lamentava dona Lídia. Logo o Eduardo Gomes, da UDN ( União Democrática
Nacional.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Bom mesmo é o Getúlio Vargas </span><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">criou a
justiça do trabalho em 1339, implantou vários direitos trabalhistas, salário
mínimo, consolidou as leis do trabalho, semana de trabalho de 48 horas,
carteira profissional e férias remuneradas. Não entendo este oposto. Dona Lídia
... quem disse que os filhos sempre seguem os pais? Política a parte, o que
batia feio era a saudade.</span></p>
<div style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 1.0pt 0cm;">
<p style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Aquele
ano, soou feio. Dentre a escola, deveres e saberes a asma alargou- se mais
que anos anteriores. Esta a ausência sem maiores explicações, apenas o
nervosismo pairando no ar.</span></p>
<p style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Chovia
muito, os flamboyants não floresceram tanto, o céu escondeu punhados de
estrelas, vovó não fez os doces costumeiros, Biano resmungava pelos
cantos. Novembro, longe do natal infinidade de semanas. </span></p>
<p style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Um
novo bebe chegaria antes ou depois depende da lua ouvia a miúde quando ele
levou-me para a casa de Angustura, onde a alegria pousara para descansar de sua
larga viagem. Na cadeira de balanço, quentinha embaixo do cobertor amarelo
pediu-me com a doçura que lhe era peculiar. Seja obediente, estudiosa, respeite
as pessoas sempre, trate o Biano com muito carinho. Eu amo você. Beijou-me na
testa enquanto ajeitava a coberta. Esta crise vai passar. Eu volto antes
das festas. </span></p>
<p style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Aquele
brinco de bolinha preta, na orelha da minha tia devia ter um significado. O
sepulcral silêncio na enorme casa da Vila com janelas abrindo frente a
igreja,outro mistério. Tudo mudou naquele dez de dezembro. Vovó chorava
desesperadamente. Nem uma palavra, só o abraço forte molhando meus cabelos.
Dias sombrios. Sem bolo na hora do café, sem risos com Biano. Sem idas á
igreja, sem ruídos. Toda a Vila entrava e saía depois de uma estendida visita.</span></p>
<p style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Em
Minas, tudo é permitido menos o escândalo. Crianças são excluídas das falas,
das novidades, das angústias. Passaram dias, para saber a noticia que mudaria
minha vida para sempre. Papai havia falecido. Havia recebido alta. Titia saia
para buscar o carro, a enfermeira decidiu aplicar o remédio que deveria tomar
por alguns meses. Um shock anafilático, arrebatou-lhe a vida. Não existem
adjetivos que descreva esta dor. </span></p>
<p style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Cinco
anos é muito cedo para se ter consciência da realidade. Nos sapatinhos
colocados no parapeito o sereno umedeceu todos eles. Percebi que do Papai Noel
tinha outro nome. Decepção que acirrou mais a dor da eterna ausência. </span></p>
<p style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Não
sei quantos séculos passaram, se anos apenas, dias. Não sei se foram as chuvas
de março, ou os buracos negros, se a nanotecnologia, se os filhos sagitarianos
e pra lá de amados, nasceram nos dias 17/15 de dezembro, se Pablo, dia 11, que
ouve Lenine cantando” Candeeiro Encantado”, empurrando para lá e para cá este
Mac air. Se tenho que levantar-me para tentar tirar manchas verdes das
mãozinhas pequenas que acariciam meu rosto. Se a vida transformou dezembro em
especial, derramando nas semanas deste mês do calendário gregoriano, todos os
sonhos acumulados, vividos, 10/12 esta marcado a ferro e fogo, ratifico
inconsciente a falta do pai que fez toda a diferença. Hoje, o reconheci em uma
foto postada no face por irmã deu uma saudade danada. </span></p>
<p style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">Em
tempo: na certidão de Cidadania Portuguesa a data é 16/12 -<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Vaya caualidad</span></p>
<p style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;"> </span></p>
<p style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;"> </span></p>
</div>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;"> </span></p>
<p><style>
<!--
/* Font Definitions */
@font-face
{font-family:"Cambria Math";
panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:roman;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;}
@font-face
{font-family:Calibri;
panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:swiss;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-536859905 -1073732485 9 0 511 0;}
@font-face
{font-family:Verdana;
panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:swiss;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-1593833729 1073750107 16 0 415 0;}
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-unhide:no;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
margin:0cm;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
p.MsoHeader, li.MsoHeader, div.MsoHeader
{mso-style-priority:99;
mso-style-link:"Cabeçalho Char";
margin:0cm;
mso-pagination:widow-orphan;
tab-stops:center 212.6pt right 425.2pt;
font-size:12.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
p
{mso-style-priority:99;
mso-margin-top-alt:auto;
margin-right:0cm;
mso-margin-bottom-alt:auto;
margin-left:0cm;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:"Times New Roman",serif;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";}
span.CabealhoChar
{mso-style-name:"Cabeçalho Char";
mso-style-priority:99;
mso-style-unhide:no;
mso-style-locked:yes;
mso-style-link:Cabeçalho;}
.MsoChpDefault
{mso-style-type:export-only;
mso-default-props:yes;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}size:595.0pt 842.0pt;
margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm;
mso-header-margin:35.4pt;
mso-footer-margin:35.4pt;
mso-page-numbers:1;
mso-paper-source:0;}
div.WordSection1
{page:WordSection1;}</style></p>Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-33195390631865819482020-08-16T18:43:00.001-03:002020-08-16T18:43:15.301-03:00SEMPRE NOSSO COMANDANTE<p> <br /></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 0%; font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11pt; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 15.75pt; text-align: justify;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt;">Quando o Comandante Fidel Castro completou 80 anos, o homenageamos com
um grande concerto na Tribuna Anti-imperialista, com artistas nacionais e
estrangeiros. Vira e mexe o celular de sua assessora tocava, ele, inquieto como
sempre, queria saber se havia alguma novidade, embora estivesse assistindo a
tudo ao vivo pela TV, pois se recuperava de uma cirurgia. Nós comemorávamos sua
vida.<span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 0%; font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11pt; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 15.75pt; text-align: justify;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt;">Na verdade, ele era o único que faltava na Tribuna. Fotos e abraços. Cantávamos
alegremente, entre tantos amigos de várias partes do mundo. François Houtart
tentava cantar uma canção. Abel Prieto, então Ministro da Cultura, brilhante,
com sua graça <span> </span>Pinharenha nos encantava. “Um
dia, não muito longe, todos aprenderemos o hino de Pinar del Rio”, dizia-nos, e
pensei, não tenho dúvidas.<span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 0%; font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11pt; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 15.75pt; text-align: justify;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt;">Naquela noite, chegamos à conclusão de que seu legado não enquadra com o
conceito de que o futuro é uma velha idéia.<span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 0%; font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11pt; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 15.75pt; text-align: justify;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt;">Com sua determinação deu aos cubanos a consciência pelo conhecimento, de
que é impossível mudar a história em profundidade, mas que o cotidiano pode se
transformar em extraordinária - como nos disse Che Guevara.<span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 0%; font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11pt; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 15.75pt; text-align: justify;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt;">Fidel realizou junto com seus colegas do Moncada, Granma e Sierra
Maestra, acompanhado de seu povo, todos os seus sonhos: alfabetização para
todos, educação gratuita, saúde pública impecável, desenvolvimento da ciência e
da tecnologia, muito amor e cuidado e acima de tudo amor por Cuba, sem limites.
É muito difícil não o amar e não respeitar sua dedicação ao povo cubano e à
humanidade.<span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 0%; font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11pt; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 15.75pt; text-align: justify;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt;">Ontem ouvimos lindas lembranças de amigos como Leonardo Boff, que nos
contou a história de suas longas conversas com Fidel, de Eric Nepomuceno, que
um dia numa fila perto do Hotel Habana Libre de repente esbarrou com o
Comandante que lhe disse: pague-me um sorvete porque não tenho dinheiro no
bolso, com as anedotas de Fernando Moraes, o querido escritor e jornalista que
não tira a guayabera nem o <span> </span>charuto da
boca e que nos lembra sua chegada à Nicarágua no mesmo voo de Fidel à
inauguração de Daniel Ortega, e a apresentação ao Comandante de um metalúrgico
sem um dedo na mão, acidente de trabalho na fábrica. Anos depois, esse
trabalhador seria o único presidente brasileiro a fazer o povo sorrir um pouco
- como disse Oscar Niemeyer e, o que dizer da minha emoção por ter
proporcionado tantas memórias a mais de 6.000 pessoas, inclusive a minha,
repleta de uma saudade imensa.<span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 0%; font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11pt; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 15.75pt; text-align: justify;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt;">Entre Sara González - com sua voz fazendo chorar os internautas com a
bela e forte canção “La Vitória” e a presença de Rolando González, o Embaixador
de Cuba no Brasil, falando-nos de Fidel Castro, o eterno Comandante, sabiamente
compartilhou conosco , com a emoção peculiar de um revolucionário que sabe o
quanto é precioso para todos saberem um pouco mais sobre o "Cayman", da
esperança.<span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 0%; font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11pt; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 15.75pt; text-align: justify;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt;">Gustavo Conde, o fantástico moderador de tantos encontros, cheio de
emoção nos conta que chegamos ao final do live ouvindo o Maestro Felipe
Radiceti tocar em seu piano a bela canção para o homenageado, que para sempre
estará comemorando seu aniversário e os que continuarem nesta dimensão irão festeja-lo
igual.<span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 0%; font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11pt; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 15.75pt; text-align: justify;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt;">Fidel Castro Ruz, o jovem de Birán, o Guerrilheiro do Tempo, transcendeu
horizontes, irradiou os mais nobres valores humanitários, será para sempre uma
referência de luta, de crença na humanidade e de solidariedade.<span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 0%; font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11pt; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 15.75pt; text-align: justify;"><span style="color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt;">Gracias Comandante.</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt;"><span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 0%; font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11pt; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 15.75pt; text-align: justify;"><span style="color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt;">Rio de Janeiro, 13 de agosto de 2020</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt;"><span></span></span></p>
<span style="color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt;">Marilia Guimarães</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt;"> (</span><span style="color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt;">REDH-Brasil)</span><p> </p>Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-34454457535607928092020-08-02T12:20:00.001-03:002020-08-02T12:20:20.674-03:00Apoie a Campanha POR UNA VACINA DO COVID 19 GRATUITA<div><a href="https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeSYSlmiaP0kJwyfl-ZE5jvpHP4ThUxZUVnYVHrJ94jSp6J9g/viewform?fbzx=-2416372241053878082&fbclid=IwAR1yfQaDTlUv8z2XeF9N5XCBX8N589kzDtkMM0hpJp_lhAedyx58Z8QOjEg" target="_blank">https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeSYSlmiaP0kJwyfl-ZE5jvpHP4ThUxZUVnYVHrJ94jSp6J9g/viewform?fbzx=-2416372241053878082&fbclid=IwAR1yfQaDTlUv8z2XeF9N5XCBX8N589kzDtkMM0hpJp_lhAedyx58Z8QOjEg</a><br /></div>Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-41549800837817447632020-07-15T19:35:00.002-03:002020-07-15T19:35:28.953-03:00SALVANDO VIDAS - SAUDE E SOLIDARIEDADE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-BJD9dKQhFW0/Xw-ElljntWI/AAAAAAAADOg/HDfskyFqJ4sxfEDoLS7kBCvBGCiC4flKwCLcBGAsYHQ/s1600/109122053_10207793697596943_4612466001616741887_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="526" data-original-width="526" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-BJD9dKQhFW0/Xw-ElljntWI/AAAAAAAADOg/HDfskyFqJ4sxfEDoLS7kBCvBGCiC4flKwCLcBGAsYHQ/s640/109122053_10207793697596943_4612466001616741887_n.jpg" width="640" /></a></div>
<span id="goog_717729136"><span id="goog_866780031"></span><span id="goog_866780032"></span></span><span id="goog_717729137"></span><br />Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-85996848804353160402020-07-09T18:59:00.002-03:002020-07-09T18:59:34.934-03:00SALVANDO VIDAS - DIA 10/07/2020<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-W3QQBTT8z1k/XweTCPjx5qI/AAAAAAAADNE/LQ4nUd9N8akFdtzQRTMBJuqW9xcKRP4qgCLcBGAsYHQ/s1600/WhatsApp%2BImage%2B2020-07-08%2Bat%2B21.13.07.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="805" data-original-width="794" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-W3QQBTT8z1k/XweTCPjx5qI/AAAAAAAADNE/LQ4nUd9N8akFdtzQRTMBJuqW9xcKRP4qgCLcBGAsYHQ/s640/WhatsApp%2BImage%2B2020-07-08%2Bat%2B21.13.07.jpeg" width="628" /></a></div>
<br />Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-58669561179339832652020-05-26T10:14:00.000-03:002020-05-26T10:53:19.986-03:00SILVIO RODRIGUEZ ACABA DE LANÇAR UMA PRECIOSAIDADE <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/TlWcxN6r0EY/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/TlWcxN6r0EY?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<h1 class="title style-scope ytd-video-primary-info-renderer" style="text-align: center;">
Noche sin fin y mar</h1>
Marilia Guimaraeshttp://www.blogger.com/profile/07528996968892802716noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-62955517080073224292020-05-09T18:33:00.001-03:002020-05-09T18:33:24.616-03:00" PEDE UM DESEJO "<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-RsC5h8jz7ac/XrchAz8bGdI/AAAAAAAAEBQ/vvYnKu57DYEY7DTF5GHHHGd9Utril4CiQCLcBGAsYHQ/s1600/henfil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="265" data-original-width="190" src="https://1.bp.blogspot.com/-RsC5h8jz7ac/XrchAz8bGdI/AAAAAAAAEBQ/vvYnKu57DYEY7DTF5GHHHGd9Utril4CiQCLcBGAsYHQ/s1600/henfil.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">09 Maio
de 2020</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O ano terminou feio. Não fossem as
comemorações a Iemanjá inesquecíveis, o sono nos pegaria ao anoitecer do dia
31/2019. Faltaram alguns amigos que por ñ motivos estão fora do país. Perseguição
politica, ameaças de morte, desempregos levaram milhares de brasileiros a um
exilio forçado. O cosmos anda arisco, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Queimadas
criminosas na Amazônia nos deixou sem chão. Aldeias indígenas chantageadas,
quilombolas desalojados. Estimulo a desobediência civil, desastre politico, ambiental,
psicológico, emocional, desconstrução da Cultura, Educação e saúde. Dois vírus Um
fatal desconhecido, levando vidas de todas as idades, cores, credos, outro
irresponsável insano, fascista, descumprindo a Constituição, humilhando as Instituições
Democráticas, desestabilizando o Estado, esfacelando os governos. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quantos hoje, estão morrendo
fruto dessa covardia e perversidade. Do caos em que estamos atolados, dos 11
milhões de brasileiros invisíveis, dos 100.000 milhões de cidadãos se saneamento
básico, empregos, salários humilhantes, aposentados sem garantia de futuro. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A cada relatório do Covid19 vamos
descortinando o Brasil. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Penetrando em suas
entranhas, envergonhados pela nossa negligência, sofrendo por termos sido tão
omissos e irresponsáveis.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Contudo amanhã se comemora aquela
que é o portal de nossa estada no planeta. Aquela cantada em verso e prosa. Por
ela, damos um minuto de pausa na luta que hoje travamos em todas as frentes, para
abraça-la virtualmente, nas lembranças, no toque possível. Por ela, devemos nos
comprometer a combater o fascismo, a organizar, no meio de tanta dor, a
sociedade civil, varrer a discriminação racial, a intolerância religiosa, a
homofobia e dar dignidade ao povo ao qual tivemos coragem de dar até nossa própria
vida.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">...</span></i><i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif;"> “</span></i><i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Si me
dijeran pide un deseo,</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Preferiría un rabo de nube,</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Que se llevara lo feo</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Y nos dejara el querube.</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Un barredor de tristezas,</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Un aguacero en venganza</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Que cuando escampe parezca</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nuestra esperanza”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Silvio Rodriguez</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<style>
<!--
/* Font Definitions */
@font-face
{font-family:"Cambria Math";
panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:roman;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;}
@font-face
{font-family:Calibri;
panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:swiss;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-536859905 -1073732485 9 0 511 0;}
@font-face
{font-family:Verdana;
panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:swiss;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-1593833729 1073750107 16 0 415 0;}
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-unhide:no;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
margin:0cm;
margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
.MsoChpDefault
{mso-style-type:export-only;
mso-default-props:yes;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}size:595.0pt 842.0pt;
margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm;
mso-header-margin:35.4pt;
mso-footer-margin:35.4pt;
mso-paper-source:0;}
div.WordSection1
{page:WordSection1;}</style>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-70937671926174759372020-05-02T09:31:00.002-03:002020-05-02T09:31:56.445-03:00José Ibrahim- um herói do movimento operário<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-u8_AbbuLcCE/Xq1oLP1UnXI/AAAAAAAAEA8/kIcwPR-YhjAuyRoYa93RwjPeWzRucyLzgCLcBGAsYHQ/s1600/Jose%25CC%2581%2BIbrahim.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="257" data-original-width="196" src="https://1.bp.blogspot.com/-u8_AbbuLcCE/Xq1oLP1UnXI/AAAAAAAAEA8/kIcwPR-YhjAuyRoYa93RwjPeWzRucyLzgCLcBGAsYHQ/s1600/Jose%25CC%2581%2BIbrahim.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
1968
marcou o século XX como o das revoltas - estudantis operárias,
feministas, dos negros, ambientalistas, homossexuais. Todos os protestos
sociais e mobilização política que agitaram o mundo como a dos
estudantes na França, a Primavera de Praga, o massacre dos estudantes na
México, a guerra no Vietnã se completam com as movimentos operários e
estudantil no nosso pais. Vivíamos os anos de chumbo, o Brasil também
precisava de sua primavera.<br />
Em Contagem, região industrial da
grande Belo Horizonte, Minas Gerais, abriu caminho as grandes greves
metalúrgicas coroada pela de 1968 em Osasco - região industrial de São
Paulo onde brasileiros de fibra e consciência, miscigenam suas origens e
raízes abalizadas pela particularidade brasileira, em plena luta contra
a ditadura militar. <br />
Jose Ibrahim, 21 anos, eleito para a direção
Sindical, jovem, líder por excelência, simplesmente parou todas as
fábricas de Osasco, na época pólo central dos movimentos de oposição
sindical mais à esquerda, desde as eleições de 1967. <br />
José Ibrahim liderou e desencadeou a greve. O resultado, entretanto, foi diferente de Contagem. <br />
Ibrahim
passou a militar na clandestinidade e posteriormente outros grevistas
aderiram organizações de esquerda que participaram da luta armada contra
a ditadura militar. <br />
“Fazendo um balanço autocrítico posterior do
movimento, disse José Ibrahim, o principal líder da greve argumentou:
partíamos da análise, de que “o Governo estava em crise, ele não tinha
saída, o problema era aguçar o conflito, transformar a crise política em
crise militar. Dai vinha nossa concepção insurrecional de greve. O
objetivo era levar a massa, através de uma radicalização crescente, a um
conflito com as forças de repressão. Foi essa concepção que nos guiou
quando, em julho de 1968, decidimos desencadear a greve” <br />
“Antecipando-se
à greve geral que se indicava para outubro de 1968, época do dissídio
coletivo dos metalúrgicos, a direção sindical de Osasco visualizava a
possibilidade de estendê-la para outras regiões do país. Iniciada no dia
16 de julho, com a ocupação operária da Cobrasma, a greve atingiu as
empresas Barreto Keller, Braseixos, Granada, Lonaflex e Brown Boveri. No
dia seguinte o Ministério do Trabalho declarou a ilegalidade da greve e
determinou a intervenção no Sindicato e as forças militares passaram a
controlar todas as saídas da cidade de Osasco, além do cerco e a invasão
das fabricas paralisadas”<br />
“Mas em Osasco a repressão foi bem mais
violenta do que em Contagem. Os militares estavam mais preparados para a
situação”, afirma Buonicore. Na tarde do dia 16, representantes do
Ministério do Trabalho intervieram na Cobrasma e naquela noite os
operários foram expulsos da fábrica pela Força Pública, seguindo ordem
do governador Abreu Sodré. Cerca de 60 trabalhadores foram presos e
levados para o Departamento de Ordem Política e Social, o temido Dops,
na capital paulista, onde a tortura dos presos fazia parte da rotina.
Além disso, a sede do sindicato foi tomada pelos militares, as outras
indústrias onde os operários haviam aderido à greve foram cercadas pelos
soldados e as entradas e saídas de Osasco foram bloqueadas”.<br />
<br />
Preparada
para o confronto, a ditadura militar reprimiu duramente a paralisação,
uma vez que estava decidida a não fazer mais nenhuma concessão. O
movimento grevista foi duramente reprimido e os dirigentes sindicais
mais combativos exilaram-se do país. <br />
A diretoria do sindicato foi
cassada. Acordos impediram a demissão da maioria dos trabalhadores que
participaram da mobilização. Alguns dirigentes sindicais que não foram
presos tiveram de recorrer ao exílio ou à clandestinidade. Ibrahim foi
demitido sem direitos, passou a viver como clandestino e entrou para a
luta armada, na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Preso pouco
tempo depois, torturado, foi mais tarde um dos 15 presos políticos
trocados pelo embaixador estadunidense Charles Burke Elbrick em setembro
de 1969. Banido viveu dez anos no exílio. Fundador do PT em 1980,
rompeu com o partido em 1986 e se filiou ao PV. <br />
Hoje, minha
homenagem ao José Ibrahim se estende a todos os operários do mundo que
com sua garra, coerência, vão mudando os caminhos da nossa história.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-27181187334094920952020-04-22T08:42:00.001-03:002020-04-22T08:42:36.528-03:00HOJE, NICHOLAS FAZ 23 ANOS. EU, CONTINUO APAIXONADA PERDIDAMENTE POR ELE!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-CRECgR_2ADQ/WvdjToFDgVI/AAAAAAAAD3c/8LG-NVR6Y105yIdA9FT9ZOLLTASRj8R1QCPcBGAYYCw/s1600/images%2B22.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" src="https://1.bp.blogspot.com/-CRECgR_2ADQ/WvdjToFDgVI/AAAAAAAAD3c/8LG-NVR6Y105yIdA9FT9ZOLLTASRj8R1QCPcBGAYYCw/s1600/images%2B22.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<br />
<br />
<br />
Nicholas nasceu numa madrugada de chuvinha fina, entre o mar e a
montanha. Nunca se sabe quando o amor vai tomar posse do seu coração,mas
sim sentimos quando ele se aloja para sempre dentro de nos. Assim foi.
Nicholas, até então apenas uma batida de coração chegava ao mundo cheio
de garra. Não gostou nem um pouco da violência que impõe aos bebes. Se
retorceu,coçou o nariz, olhou curioso arredor enquanto a enfermeira
manipulava seu corpinho quente saído do útero materno. Seus olhos mais
azuis que a terra vista por Gagarin,inundou de luz a incubadeira numa
simbiose de luz e cor. Ali, parada chorando baixinho me apaixonei definitivamente.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-91908606013177882912020-04-13T12:19:00.001-03:002020-04-13T12:19:21.127-03:00 A REVELAÇÀO <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-5hXfRZ7BFAo/XpSCC6znQbI/AAAAAAAAEAo/LT-IzhT0gegB-XV6zANaGm1_yqr7IHoJACLcBGAsYHQ/s1600/Cova%2Brasa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="233" data-original-width="311" height="299" src="https://1.bp.blogspot.com/-5hXfRZ7BFAo/XpSCC6znQbI/AAAAAAAAEAo/LT-IzhT0gegB-XV6zANaGm1_yqr7IHoJACLcBGAsYHQ/s400/Cova%2Brasa.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<a aria-expanded="false" aria-haspopup="true" aria-label="Compartilhado com Público" class="_42ft _4jy0 _55pi _5vto _55_p _2agf _4o_4 _401v _p _1zg8 _3m8n _4jy3 _517h _51sy _59pe" data-hover="tooltip" data-tooltip-alignh="right" data-tooltip-content="Público" href="https://www.facebook.com/guimaraescmarilia#" id="u_ps_jsonp_5_5_1" rel="toggle" role="button" style="max-width: 26px;"><span class="_4o_3"></span></a><br />
<div class="_5pbx userContent _3576" data-ft="{"tn":"K"}" data-testid="post_message" id="js_dj">
..È bom tamanho, nem largo nem fundo, <br /> ˜E a parte que te cabe deste latifúndio (Chico Buarque e Joao Cabral de Melo)<br /> <b> </b><br />
<b>..Coveiros enterram corpos em vala comum aberta, vitimas do Coronavírus, em Hart Island na cidade de Nova York ( Lucas Johnson - Agencia Reuters.</b></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-87163370649939607602020-04-12T13:16:00.004-03:002020-04-12T13:16:49.441-03:00AMORES IMPERECÍVEIS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-WodJpOUxRuE/S65nC6FljDI/AAAAAAAAAYw/KDL28D8gt1MBrd7oT-H0mlkyFYXg09TMwCPcBGAYYCw/s1600/roger4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="400" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-WodJpOUxRuE/S65nC6FljDI/AAAAAAAAAYw/KDL28D8gt1MBrd7oT-H0mlkyFYXg09TMwCPcBGAYYCw/s400/roger4.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Suava por todos os poros, que calor insuportável, fevereiro costuma ser mais ameno, fresco até. um pouquinho de frio que sobra do vento norte. A galeria repleta de amigos. Não resta a menor dúvida, as duas são um sucesso - uma na voz e composição a outra no pincel - no sorriso largo, na alegria. A melodia pincela em tons, semitons multicolorida cordas, contorno saltando das molduras entrelaçam grupos que se abraçavam, sorriam. Tapinhasnos ombos beijocas pululando face to face.Artistas plásticos de todas as tendências , compositores, músicos, poetas emolduram a exposição alimentando o amor. Amam-se. Querem-se. Curtem, compartilham sentimentos, esbanjam alegrias nestes reencontros.<br />
De repente, dois braços enlaçam minha cintura entre a delicadeza do gesto, o calor da saudade, apertados num tempo sem tempo de espera. Toco as mãos grossas, calejadas pela criatividade nas litografias que vai além dos métodos tradicionais do desenho
sobre pedra, sempre a usar lâminas e pontas-secas para adicionar
textura. Remontam -me àquelas mãos que durante décadas tocou as minhas, que vi rodopiar sobre a pedra deixando gravadas espetaculares formas de corpos, rostos, formas abstratas. Uma década sem tocá-las, sem aquele perfume embebido da química que nos uniu por alguns anos, entre campari, Hatuei e muitas doses de tragos beirando 12 anos.<br />
Fomos girando em câmera lenta ao encontro do sorriso. Onde? Como ficamos perdidos? Um no sul maravilha o outro chegando ao Caribe. Reencontro, ou sequencia do que ficou estancado no tempo sem perder o frescor do primeiro encontro. Noite de tambores, cavaquinhos, violões sete cordas saída do gingado da Beth Carvalho, Paulinho da Viola, um Martinho gostoso de se dançar, batidas de coração compassada no ritmo certeiro e aquele olhar envolvido num sorriso negro estupidamente lindo caiu nas graças de menina que entrava na era das formosas balzaquianas. Domingos, muitos domingos foram certezas que nada nos separaria, nem as lindas francesas, alemãs ou suecas exuberantes de passagem tirassem do foco aquelas mãos, tampouco as tardes no atelier da praça. Da galeria à festa a continuidade da cumplicidade em anos de vivência chegou a madrugada.A sequência de encontros se dava todas as tardes pós trabalho intenso, porque a vida impõe tarefas inadiáveis a serem cumpridas com data e hora de entrega. Faz parte, para o toque que joga com seus sentidos entre o céu e o mar, entre sol e estrelas. Reencontros não são fugazes, são perpetuados. Amores que marcaram lençóis, cravaram flechas, deixaram tatuagem são inesquecíveis.<br />
Habitamos tempos de entrega. Vivemos tempos de guerras cruéis e amargas. Esperança, desesperanças. Valeu e muito. Neruda, testemunha ideal entre o ir e vir, abençoados pelas ondas que bordeam a murada. Num sábado, sem Vinicius, e, porque era sábado o inevitável - a morte chega num rompante leva tudo sem autorização, sem despedida. Falta claro, que faz.Sento relembrando o poeta em dias de angústia tomo um café no Bar Neruda, olhando o mar, converso com as estrelas como se louca fosse, igual a Bilac e sorrio para o oceano infinito . No horizonte, o por de sol vai deitando seus raios avermelhados na rotação do planeta levando um montão de doses de saudade.<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-56256671503461108132020-04-11T19:55:00.002-03:002020-05-09T16:38:08.746-03:00O TEMPO<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-7tWGs9c38Us/XozRCuKorGI/AAAAAAAAD9g/z0fhPK7SsSIpwzfsZtP31UHdm6jWqDx7gCPcBGAYYCw/s1600/pDSC_2363.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1065" data-original-width="1600" height="212" src="https://1.bp.blogspot.com/-7tWGs9c38Us/XozRCuKorGI/AAAAAAAAD9g/z0fhPK7SsSIpwzfsZtP31UHdm6jWqDx7gCPcBGAYYCw/s320/pDSC_2363.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<blockquote>
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.<br />
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…<br />
Quando se vê, já é 6ª-feira…<br />
Quando se vê, passaram 60 anos!<br />
Agora, é tarde demais para ser reprovado…<br />
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,<br />
eu nem olhava o relógio<br />
seguia sempre em frente…<br />
</blockquote>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<blockquote>
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.</blockquote>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-88619036485670182532020-04-08T18:25:00.002-03:002020-09-06T10:54:13.372-03:00Campanha Prêmio Nobel ãs Brigads Médicas de Cuba Henry Reeve - 2021<p> </p><p> </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-YLSS11RSNwI/X1To06OCIYI/AAAAAAAADVw/OnW0iRwSTD4fwCAPj9mv6Puq0F9AO6WYwCLcBGAsYHQ/s1600/promocao-site-brigadas-bandeira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" src="https://1.bp.blogspot.com/-YLSS11RSNwI/X1To06OCIYI/AAAAAAAADVw/OnW0iRwSTD4fwCAPj9mv6Puq0F9AO6WYwCLcBGAsYHQ/s320/promocao-site-brigadas-bandeira.jpg" width="320" /></a></div><br /> <p></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Para adesão acesse aqui: </span><a href="https://www.blogger.com/"><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">https://brigadasmedcuba.com</span></a><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O reconhecimento do respeito ao
ser humano e a entrega para salvar vidas fizeram dos Médicos Cubanos uma
referência internacional de solidariedade.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Cuba, em nome da defesa da
humanidade, comprometeu -se na área da saúde a cuidar das populações pobres do
planeta. As missões humanitárias cubanas se estenderam pelos quatro continentes
e apresentam um caráter único.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Henry Reeve foi um jovem
americano que, em 1878, saiu do Brooklyn (EUA) para incorporar-se ao exército
Mambi e lutar na primeira guerra de independência da Republica de Cuba. Hoje o
Contingente Internacional de Médicos Especializados em Situações de Desastre e Epidemias
Graves, que leva o seu nome, atuam há décadas em vários lugares no mundo: no
Peru, em 1970; em Pisco, em 2007; no Haiti, na crise da cólera; em países da
África, no combate ao ebola, entre muitos outros.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Atualmente, as brigadas estão
presentes em 24 países da América Latina e Caribe; em 27 países da África
Subsaariana, em dois do Oriente médio e África setentrional; em sete países da
Ásia. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Na luta contra o COVID 19, os
médicos cubanos não hesitaram a se juntar aos médicos chineses. Em 22 de marco
de 2020, aportaram na Lombardia, Itália desempenhando uma assistência
fundamental. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No Brasil, na década de 1990, a
cidade de Niterói implantou o “Programa Médico de Família” aos moldes do
Programa Cubano. Esse Programa funciona há 28 anos nas comunidades carentes com
grande êxito e fez uma história fabulosa de atendimento domiciliar e
hospitalar.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O Programa Mais Médicos,
implantado no Brasil em 08/06/2013, chegou às regiões de pobreza extrema, de
alto risco de vida como favelas do Rio de Janeiro, de São Paulo, da Bahia, de
Minas Gerais, dando ênfase a 34 reservas indígenas, sobretudo na Amazônia.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em 3.600 municípios, o Programa
atendeu 60 milhões de brasileiros, assistidos por médicos cubanos em todas as
especialidades médicas.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Amplamente reconhecido pelos governos
Federal, Estadual, Municipal e principalmente, pela população, segundo estudo
realizado pelo Ministério da Saúde do Brasil, junto com a Universidade Federal
de Minas Gerais, o grau de aceitação entre a população atinge a 95 por cento.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Diante da grandeza e
solidariedade dos médicos cubanos, que estão salvando vidas como objetivo
principal, é que pedimos sua adesão de apoio ao Prêmio Nobel da Paz de 2021 ao
Contingente Henry Reeve de brigadas médicas cubanas.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Para adesão acesse aqui: </span><a href="https://www.blogger.com/"><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">https://brigadasmedcuba.com/</span></a><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Marilia Guimarães - REDHBRASIL –
Rede de Intelectuais, artistas e movimentos sociais em defesa da humanidade –
Capítulo Brasil e Movimento Brasileiro de Solidariedade a Cuba</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Firmam este documento: Sociedade
Civil e Entidades:</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Leonardo Boff – Filosofo/ Teólogo</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Frederico Mayor Zaragosa –
Poeta </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Márcia Tiburí - Filosofa </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Márcia Miranda – Teóloga</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Adolfo Pérez Esquível – Prêmio
Nobel da Paz (1980)</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quim Torra – Presidente do
Governo da Catalunya</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">João Vicente Goulart – Presidente
do Instituto João Goulart</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Fernando de Moraes – Escritor</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Berenice Guayasamin - Diretora da
Fundação Guyasamin</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Francisco Buarque de Hollanda –
compositor/intérprete</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Felipe Redicetti –
Maestro/compositor</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Monserrat Ponsa Tarrés –
Escritora </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Carol Proner – Jurista</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ana Buarque de Hollanda –
intérprete /compositora</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Jandira Feghalli – Deputada
Federal</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Leticia Spiller – Atriz</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Marieta Severo - Atriz</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Luis Inácio lula Silva - Ex-Presidente da República Federativa </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Rubens Jardim - Poeta</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Dira Paes - Atriz</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mariana Leporace </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mano Melo - Poeta</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Rubens Casara - Escritor Jurista</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Orlando Silva - Deputado Federal </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Leonel Brizola Neto<br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal"> </p>
<style>
<!--
/* Font Definitions */
@font-face
{font-family:"Cambria Math";
panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:roman;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;}
@font-face
{font-family:Calibri;
panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:swiss;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-536859905 -1073732485 9 0 511 0;}
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-unhide:no;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
margin:0cm;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
.MsoChpDefault
{mso-style-type:export-only;
mso-default-props:yes;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}size:595.0pt 842.0pt;
margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm;
mso-header-margin:35.4pt;
mso-footer-margin:35.4pt;
mso-paper-source:0;}
div.WordSection1
{page:WordSection1;}</style>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8013748.post-31558397442047502442020-04-08T18:25:00.000-03:002020-04-11T19:38:52.539-03:00FIQUEM EM CASA - DEIXEM O VIRUS PASSAR. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-UCrkhfAj310/Xo4lIuFthzI/AAAAAAAAD9w/xbJysSst6b4AF-R59s9oc9o7g5Ib3f1MwCLcBGAsYHQ/s1600/0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="481" height="319" src="https://1.bp.blogspot.com/-UCrkhfAj310/Xo4lIuFthzI/AAAAAAAAD9w/xbJysSst6b4AF-R59s9oc9o7g5Ib3f1MwCLcBGAsYHQ/s320/0.jpg" width="320" /></a></div>
Acordei ontem, com um barulho ensurdecedor de carros, gentes em grupos, risos como se algo muito bom tivesse acontecido na cidade maravilhosa. Recorri as manchetes avaliei os novos infectados pelo coronavírus, e deu um certo alivio. Mas, e que faz essa gente na rua. Amanhã, muitas famílias estarão chorando seus mortos, outros sentido na pele o estrago que o minúsculo vírus destrói seu corpo.<br />
Hoje, repete a cena do anterior. Deixaram a quarentena. Revejo os números. Todos os estados tiveram um aumento considerável. Hospitais entrando em colapso. Exatamente, o temido. Se forem a à rua não poderemos salvá-los - afirmam os médicos. O Brasil não tem estrutura. O Brasil é a oitava economia do mundo, e uma miséria assustadora. o Brasil nunca preparou sua estrutura governamental para um desastre mundial. O Brasil oficial nunca deu atenção à cultura e a saúde.<br />
A cultura porque é nela que um povo forma seu caráter, sua estrutura emocional, sua sensibilidade, o amor e a solidariedade, e a sua nacionalidade. <br />
A saúde o sustentáculo do homem. Cultura e saúde armas poderosas que sustentam e fortalecem um país. <br />
Perplexa vejo os gráficos 07/04 a 0708 - na cidade do Rio de Janeiro aumentaram de ontem para hoje Infectados 15.927 - mortes 800 no Brasil - Ministério da Saúde / Rio de Janeiro Infectados 1.938 Mortes 106.<br />
Pela TV ,redes sociais, blogs surgem milhares de Campanhas de solidariedade, não governamentais que abrem espaços às orientações do não contágio, de discussões científicas disponibilizadas aos leigos em torno do COVID 19. Milhares de voluntários noite à dentro fazem máscara, outros distribuem cestas básicas, artistas realizam shows em milhões de lives, jogos, leituras para minorar a dor dos que nunca souberam conviver num isolamento social. Quem disse que não sabemos?<br />
Somos capazes de chegar à Marte e despertar o robô na voz de Beth Carvalho, somos capazes de mudar o curso dos rios, somos capazes de ser os melhores na extração de petróleo, em mar profundo, somos os melhores em organizar grandes eventos como Rock in Rio, Carnaval, Réveillon. Inventamos o avião ,são tantas que levaria meses nomeando-as.<br />
Porque insistir em matar nossas famílias, filhos, netos, amigos, amores. <br />
É dever nosso FICAR EM CASA. Tivemos carnaval dois meses. Todos faturaram muito.Hotéis,Cia aéreas, vendedores ambulantes. músicos, Ambev, ... Dá para segurar um pouco. O patrão sem escrúpulos não pode requisitar os servicos de quem precisa FICAR EM CASA. Num segundo, ou menos que um segundo, o brasileiro começou a comprar tudo via internet, via motoqueiro, delivery. Aprendeu uma nova forma de viver.<br />
A realidade da favela sim é outra. A solução tem que ser governamental. Mas, nada tem impedido que esta ajuda venha de todos,muitos inclusive de empresa privada de todos os setores. Isto tem nome -Solidariedade.<br />
Não foi o carnaval o agente transmissor do vírus. Não foram os dias de folia, alegria e muita felicidade. Os primeiros infectados não surgiram pós carnaval. Surgiram muitos dias depois vindo de outras partes do mundo, E a transmissão coletiva se deu pelo incentivo a desobediência civil indo de encontro a orientação da OMS e todos os especialistas do Brasil.<br />
<br />
FIQUEM EM CASA - EM NOME DA VIDA.<br />
<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com